Passos acena com redução generalizada de impostos para 2015

O primeiro-ministro defendeu que a redução do IRC terá de ser alargada no futuro ao IRS e aos impostos sobre o consumo, como o IVA.

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Passos Coelho ouviu ontem os partidos sobre data das eleições Miguel Manso

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu esta terça-feira que a redução do IRC prevista para 2014 terá de ser alargada no futuro a outras áreas da economia, em particular ao IRS e “logo de seguida” ao IVA.

Falando no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP, Passos Coelho acenou assim com uma redução generalizada de impostos para o último Orçamento a apresentar pelo actual Governo, que deverá vigorar em 2015, ano de eleições legislativas.

“Prevemos um certo desagravamento fiscal às empresas, a pensar no crescimento e no emprego, mas sabendo que esse desagravamento terá futuramente de ser alargado a outras áreas da economia, em particular, como me parece evidente, aos impostos que incidem sobre o rendimento do trabalho, e logo de seguida impostos sobre o consumo”, afirmou o chefe do executivo PSD/CDS-PP.

Para já, referiu que o Governo está muito empenhado em conseguir “um consenso o mais alargado possível” e “um acordo com o principal partido da oposição” que dê estabilidade à reforma do IRC.

“Estaremos muito empenhados em obter essa convergência, mas não deixamos já de sinalizar que, a partir de 2014, queremos que as empresas possam dar um contributo maior para o crescimento da economia e para a criação de emprego”, acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo procurou “dar um sinal importante para a economia” inserindo na proposta de Orçamento do Estado para 2014 “uma previsão de impacto” da reforma do IRC.

Já na semana passada, a ministra das Finanças tinha feito referência à intenção do Governo de vir a reduzir os impostos sobre o rendimento do trabalho e sobre o consumo em 2015.

"Esperamos que no Orçamento de 2015 seja possível ter um pouco mais de folga para que possamos continuar o caminho da redução fiscal que afecta todos aqueles que são titulares de rendimentos: os trabalhadores do sector público, do sector privado, os pensionistas", afirmou Maria Luís Albuquerque no Parlamento na passada quarta-feira.

 

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