Pires de Lima atribui “milagre” da recuperação económica aos empresários

Ministro da economia reconhece que desemprego "é ainda muito alto” e fala na possibilidade de baixar impostos.

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Rui Gaudêncio

O ministro da Economia, António Pires de Lima, salientou nesta terça-feira a recuperação da economia portuguesa nos últimos meses e deixou a esperança de que “amanhã, depois de amanhã”, se possa baixar os impostos.

Na sua intervenção nas jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS, a decorrer na Assembleia da República, Pires de Lima destacou os números das exportações fruto do esforço dos empresários. “O Governo fez a sua parte, mas o principal mérito do milagre económico são as empresas. É triste que a oposição não reconheça estes sinais porque seria reconhecer o esforço das empresas, dos empresários, dos trabalhadores, que estão a fazer um esforço para a retoma”, afirmou o ministro.

Pires de Lima fez um discurso em que deu várias notas positivas da economia, desde a produção industrial à taxa de nascimento de novas empresas, apesar de reconhecer que o “desemprego é ainda muito alto”.

O ministro elegeu a reforma do IRC como uma das alterações essenciais, designadamente a nível da simplificação de procedimentos. Reconhecendo que a maioria já acolheu uma proposta do PS, o ministro apelou aos socialistas para trazerem mais contributos para a proposta, “para dar um sinal de confiança de longo prazo”.

Salientando que a recuperação da economia portuguesa é um “aliado fundamental” no processo de consolidação orçamental, o ministro do CDS defendeu ser necessário “proteger os sinais desde Abril de 2013 e a confiança dos agentes (…), evitando aumento de taxas às empresas, e que possam afectar as famílias sobretudo do sector privado”.

A consolidação orçamental ainda é necessária, sustentou, para permitir que “amanhã, depois de amanhã, se possam baixar os impostos”. Elegendo o fim do programa de assistência financeira como o objectivo das “famílias e das empresas” deixou um aviso: “O maior adversário [da recuperação económica] é a radicalização política. Seria impensável não chegarmos à meta de 2014.”

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