Danilo decisivo no “clássico” para reforçar liderança do FC Porto

Portistas triunfam por 3-1 no Dragão e têm agora cinco pontos de vantagem sobre o Sporting, que sofreu o seu primeiro desaire e foi apanhado pelo Benfica na segunda posição.

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Josué marcou, de penálti, o primeiro golo do FC Porto Miguel Riopa/Reuters

Não mudou o comandante, mudou a vantagem da sua liderança. O FC Porto, que fez valer a sua experiência, derrotou o Sporting, por 3-1, no Estádio do Dragão, onde não perde há cinco anos para a Liga, e alargou a distância para os “leões”. Estava em jogo o primeiro lugar, mas quem saiu reforçado foram os “dragões”, que possuem mais cinco pontos do que os dois principais rivais na luta pelo título, Sporting e Benfica. Num jogo que não ficará para a história pelo futebol-espectáculo, houve, ainda assim, quatro golos, nenhum dos avançados colombianos, os homens sobre os quais mais incidiam os holofotes. O mais decisivo foi provavelmente o de Danilo, que repôs a vantagem da sua equipa apenas dois minutos depois de o Sporting empatar.

A formação de Leonardo Jardim fez o mais difícil depois de se ver cedo em desvantagem no marcador, mas caiu vítima da sua inexperiência face a um adversário cujos jogadores têm mais rodagem neste tipo de jogos, não conseguindo capitalizar o golo de William Carvalho na segunda parte. Mostrou, contudo, capacidade para discutir o resultado. O FC Porto, por seu lado, voltou a tentar adormecer o jogo demasiado cedo, mas reagiu a tempo, foi competente quando precisou e conseguiu um triunfo importante para as suas pretensões na Liga e para esquecer as dificuldades na Liga dos Campeões.

Os portistas, que no início estiveram mais activos no lado esquerdo do ataque, abriram o activo aos 11’, através de uma grande penalidade por falta de Maurício sobre Alex Sandro, convertida por Josué. Herrera foi decisivo no lance, ao passar a bola ao lateral brasileiro. O mexicano realizou uma boa exibição e mostrou que pode dar jeito ao clube quando fica mais do que seis minutos em campo. Depois, o jogo entrou num período de equilíbrio e pouco risco. Josué (34’) testou de fora da área a atenção de Rui Patrício, enquanto os visitantes tentaram explorar as hesitações da defesa portista — André Martins não aproveitou a descoordenação entre Mangala e Helton (19’).

Após o intervalo, as primeiras quatro tentativas de remate pertenceram ao Sporting, que apareceu mais assertivo. As três primeiras não foram perigosas, mas deram conta das intenções leoninas enquanto o FC Porto parecia querer segurar a vantagem, a quarta serviu para empatar o marcador. Helton não conseguiu afastar a bola da área e William Carvalho aproveitou, beneficiando de um ressalto, para se estrear a marcar a nível sénior pelo Sporting (60’).

O Sporting, que não tinha conseguido marcar ao FC Porto nos quatro duelos anteriores, quebrou esse enguiço, mas de nada lhe valeu.

O FC Porto foi rápido a reagir e não deixou o Sporting saborear a igualdade. Dois minutos depois, a equipa leonina estava novamente atrás no marcador, graças a uma grande jogada individual de Danilo, aos 62’. O lateral-direito brasileiro enganou os adversários, entrou na área pela direita, flectiu para o meio e atirou de pé esquerdo.

Os “leões” tiveram nova ocasião de ouro para repor o empate, mas Helton, com uma grande defesa, negou o golo a Montero (69’), que tinha sido servido por Cédric. Quem não perdoou a oportunidade de “matar” o encontro foi Lucho, que aproveitou uma jogada entre Jackson e Varela para marcar pela primeira vez aos “leões”. Nos últimos sete jogos com o Sporting (que somou no Dragão a primeira derrota da temporada), o FC Porto soma quatro vitórias e três empates.

Antes do jogo, registaram-se incidentes entre os adeptos dos dois clubes (fora do estádio) e depois entre a claque leonina e os stewards.
 
 
 
 

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