Adaptação cinematográfica de Até Amanhã, Camaradas celebra centenário de Álvaro Cunhal

A antestreia do filme baseado no livro do antigo líder do PCP será no Salão Nobre da Assembleia da República.

O que começou como uma mini-série para a SIC, em 2005, é agora adaptado ao grande ecrã. Joaquim Leitão volta a pegar em Até Amanhã, Camaradas, romance de Manuel Tiago, pseudónimo literário de Álvaro Cunhal, para celebrar o centenário do antigo líder do PCP. O filme será distribuído pela Zon Lusomundo, com antestreia marcada para dia 5 de Novembro Salão Nobre da Assembleia da República.

“Sempre achei que [ o material que tínhamos ] tinha potencialidade para um filme”, confessa o realizador Joaquim Leitão ao PÚBLICO. O filme, com a duração de três horas, é uma montagem do material da série televisiva que ele próprio realizou há pouco menos de dez anos.

Esta nova edição tem como objectivo homenagear Álvaro Cunhal no ano do seu centenário.
“O Álvaro [Cunhal] tinha-me expressado como gostava de vê-lo [o livro] no grande ecrã”, disse Tino Navarro, produtor do filme. “Mas na altura disse-lhe que não podíamos fazer um filme de seis horas.”

A antestreia do filme, marcada para dia 5 de Novembro, será no Salão Nobre da Assembleia da República. “A iniciativa partiu por parte da Zon” comentou o produtor. “Os da Assembleia nem devem saber que o filme existe.”

O argumento, baseado no livro homónimo lançado em 1974 pelas edições Avante, foi escrito por Luís Filipe Rocha e reconta a história passada em 1944 de quatro militantes e funcionários do Partido Comunista que reorganizam o Partido nas zonas dos arredores de Lisboa e do Ribatejo face à clandestinidade da altura.

O elenco é formado por Gonçalo Waddington, Cândido Ferreira, Leonor Seixas, Paulo Pires, Marco D'Almeida, Nuno Nunes, Ivo Ferreira, Adriano Luz e Sara Graça.

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