Ministério Público arquiva suspeita de escutas ao PS

Buscas à sede dos socialistas no Largo do Rato não detectaram “quaisquer indícios de actividade de vigilância electrónica clandestina”.

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A queixa foi apresentada pelo secretário-geral do PS, António José Seguro Nuno Ferreira Santos

O Ministério Público anunciou nesta segunda-feira que arquivou o inquérito aberto na sequência de uma participação do Partido Socialista que, em Julho passado, denunciou ter “fundadas dúvidas sobre a possibilidade de intercepção ilegal das suas comunicações telefónicas, internet e/ou outros meios tecnológicos”.

Numa nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República, explica-se que no âmbito da investigação foram realizadas várias diligências na sede do PS logo após a apresentação da queixa. 

“Foram realizadas as diligências consideradas necessárias, tais como buscas forenses em ambiente digital nos sistemas e equipamentos respectivos, e foi realizada inspecção de segurança nas instalações, não tendo sido detectados quaisquer indícios de actividade de vigilância electrónica clandestina”, assegura a PGR.

E acrescenta: “Todas as providências cautelares para assegurar os meios de prova tiveram lugar imediatamente à denúncia nos dias 23, 24 e 25 de Julho na sede nacional do Partido Socialista”.

A PGR adianta que o processo esteve a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, dirigido por Maria José Morgado, e que “o Ministério Público concluiu pela inexistência de elementos probatórios que alicercem as suspeitas participadas, pelo que determinou o arquivamento dos autos”.

Recorde-se que a queixa do PS ocorreu numa semana particularmente sensível do ponto de vista político, numa altura em que os partidos tentavam chegar ao compromisso de salvação nacional sugerido pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

Contactado pelo PÚBLICO, o PS recusa fazer qualquer comentário à decisão de arquivamento pelo Ministério Público.
 

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