“Importante, somente isso”, disse o técnico, quando confrontado com os vários resultados possíveis, admitindo que, “em caso de vitória, o FC Porto ficará em posição privilegiada” para a qualificação para os oitavos-de-final, já que o campeão nacional é segundo classificado com três pontos, menos três do que o Atlético de Madrid, e o Zenit segue em terceiro, a par do Áustria de Viena, ambos com um.

Porém, Paulo Fonseca sublinha que “ainda todas as equipas têm hipótese de apuramento”: “Toda a gente fala em três equipas para esse objectivo, mas a verdade é que o Áustria de Viena também já pontuou”, anotou.

Quanto ao regresso de Hulk ao Dragão, envergando as cores da equipa de São Petersburgo, Paulo Fonseca foi sucinto: “É um jogador com um passado bonito no FC Porto, mas será um adversário. Seja ele, seja qualquer outro jogador que jogue contra nós, nada influencia a nossa ambição, que é vencer todos os jogos”.

O técnico deu a entender que a equipa não está sob stress, nem sequer por ter pela frente um jogo importante da Liga dos Campeões na mesma semana em que recebe o Sporting para o campeonato nacional: “Eu prefiro chamar ambição”.

O facto de a equipa ter trabalhado sem alguns dos seus principais futebolistas, ao serviço das selecções nacionais, não terá sido grande problema, segundo o treinador portista: “Foram duas semanas proveitosas. Todos os jogadores da defesa e do meio-campo estiveram connosco e conseguimos evoluir a muitos níveis”.

Questionado pelos jornalistas russos sobre a ausência prolongada de Marat Izmailov, Paulo Fonseca acrescentou à já anunciada “autorização para tratar de assuntos pessoais” a esperança de que “volte o mais depressa possível”.

“Tem o nosso apoio, demore o tempo que for necessário. Estamos do lado dele, nestas questões pessoais. Não há data prevista para o regresso”, concluiu.

Também presente na antevisão do encontro contra os russos, o “capitão” Lucho González admitiu ser “muito especial defrontar Hulk, um amigo que vai ser bem recebido no estádio, mas que será um rival”.

Na sua apreciação ao Zenit, o argentino considerou tratar-se de “uma grande equipa, que luta todos os anos pelo título da Rússia e que tem vasta experiência na Liga dos Campeões, com jogadores de nível de selecção, como Hulk, Danny e Arshavin, que a qualquer momento podem desequilibrar uma partida”.