"Mais de 50 mil" no Porto pediram a demissão do Governo

CGTP diz que foi uma das “maiores manifestações dos últimos anos no Porto”. Avenida principal da cidade encheu.

A manifestação na ponte do Infante
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A manifestação na ponte do Infante Dato Daraselia
A avenida dos Aliados encheu
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Os Aliados continuam a ser usados para festejos ou comícios mas não conseguiram evoluir para "salão" da cidade Dato Daraselia

Mais de 50 mil pessoas, número avançado pela organização da manifestação, estiveram esta tarde no protesto, no Porto, exigindo a demissão do Governo e a realização de eleições antecipadas.

“Não estamos perante nenhuma inevitabilidade a não ser a da demissão urgente deste Governo que vê o chão fugir-lhe debaixo dos pés a cada dia que passa”, disse o coordenador da União Geral de Sindicatos do Porto e membro da comissão executiva da CGTP, João Torres, durante o discurso que fez na Avenida dos Aliados.

“Tem de ser travada a acção desta quadrilha que nos desgoverna e desgraça. Basta de assalto aos direitos humanos fundamentais. Basta desta afronta aos direitos humanos fundamentais. Basta desta afronta ao povo e à Constituição”, acrescentou ainda perante uma avenida repleta de manifestantes erguendo bandeiras e ecoando palavras de protesto.

O discurso, que durou cerca de 40 minutos a partir do topo de um autocarro com dois andares no final da Avenida dos Aliados, marcou o momento mais forte da manifestação que surgiu como protesto às medidas do Orçamento de Estado para 2014. “Este orçamento é verdadeiramente miserável porque leva para a miséria ainda mais pessoas do que aquelas que já lá estão”, considerou também Torres.

A manifestação começou por volta das 15h20, com milhares de pessoas a iniciarem o desfile a pé a partir da ponte do Infante, após a concentração do lado de Vila Nova de Gaia. Mais de 100 autocarros chegaram à cidade horas antes, avançou ao PÚBLICO João Torres.

“São mais de 100 autocarros com trabalhadores dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança e Vila Real. Aqui não há problemas de segurança”, disse. O líder sindical explicou ainda que o objectivo da manifestação “é a exigência nas ruas da demissão do Governo e da realização de eleições antecipadas”.

Pelas 16h15 o desfile chegava à avenida dos Aliados, quando ainda havia manifestantes a passar a ponte do Infante, onde se iniciou a marcha. O desfile tinha, nessa altura, mais de dois quilómetros de extensão.

“Foi uma das maiores manifestações ocorridas no Porto nos últimos anos. Foi excepcional. Mostra bem a nossa capacidade de organização”, disse João Torres, referindo que a manifestação chegara a ter mais de 50 mil pessoas, o dobro do inicialmente previsto pela organização.
 

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