Cortes vão “tirar” universidades portuguesas dos rankings internacionais

Universidades e politécnicos foram confrontados com uma diminuição de 80 milhões de euros nas verbas previstas no Orçamento do Estado para 2014.

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Sindicato defende que Governo está a agravar o défice estrutural português em conhecimento e inovação Miguel Manso /arquivo

A avançar a diminuição em 7,6% nas verbas para as universidades e politécnicos proposta no Orçamento de Estado (OE) para 2014, tornar-se-á impossível a permanência das instituições nos melhores rankings internacionais. “A qualidade do ensino que se pratica nas universidades e politécnicos já está em risco”, alertou ao PÚBLICO António Vicente, do Sindicato Nacional do Ensino Superior.

Com menos 80 milhões de euros inscritos na proposta de OE, “vão-se agravar as dificuldades até em conseguir materiais para as aulas”, sublinhou aquele sindicalista. Consequentemente “será impensável pensar-se que Portugal conseguirá continuar a ter instituições colocadas nos melhores rankings internacionais, porque é impossível fazer investigação sem pessoas e recursos”.

Além da diminuição em cerca de 7,6% das verbas para as universidades e politécnicos, as instituições públicas terão que arcar com as consequências dos cortes das remunerações acima dos 600 euros em 2,5% e em 12% acima dos dois mil euros. “É um corte muito maior do que aqueles a que temos vindo a assistir ao longo dos últimos anos”, sublinhou António Vicente.

Num cenário marcado nos últimos anos pela progressiva perda de profissionais, o Governo está com isto a agravar ainda mais o "défice estrutural português em conhecimento e inovação”.
 
 

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