Movimento Que Se Lixe a Troika grita “demissão” ao primeiro-ministro

Manifestantes esperaram Passos Coelho à saída do Centro de Congressos de Lisboa e apelaram à mobilização para a manifestação de 26 de Outubro.

Fotogaleria
Cerca de duas dezenas de manifestantes em protesto contra Passos Coelho Daniel Rocha
Fotogaleria
Daniel Rocha

Perto de 20 manifestantes do movimento Que Se Lixe a Troika gritaram nesta quarta-feira “demissão” e “Passos, põe-te andar”, quando o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, saiu do Centro de Congressos de Lisboa, onde falou na abertura da convenção empresarial “Sobreviver e Crescer”, promovida pela Associação Industrial Portuguesa (AIP).

Depois de Passos Coelho ter entrado no carro, um dos membros do movimento, Rui Franco, leu um comunicado no qual apelou à manifestação que está a ser convocada para o próximo dia 26, em várias cidades do país.

“É tempo de agir. Sabemos que o regime de austeridade no qual nos mergulharam não é, nem será, uma solução. Voltamos a afirmar que não aceitamos inevitabilidades. Em democracia elas não existem”, lê-se no documento que foi assinado por perto de 600 pessoas.

“A quem está farto de ver vidas penhoradas e esvaziadas, fazemos o apelo a que se junte a nós na construção da manifestação de 26 de Outubro. A manifestação será mais um passo determinante na resistência ao Governo e à troika”, lê-se no documento que ainda pode ser subscrito.

Joana Campos, que também faz parte deste movimento, considerou que as políticas que estão a ser concretizadas pelo Governo são de “de desastre humanitário”. “Este Governo está apenas sustido pela troika, pelo Presidente da República, e é contra esta terapia de choque que nós nos juntamos e que apelamos a que toda a gente participe nas manifestações e nos vários protestos que se vão realizar ao longo do próximo mês”, disse, referindo-se não só à manifestação de 26 como também à marcha na ponte convocada pela CGTP-IN para a próxima semana, a 19.

“É uma manifestação que luta contra o Governo, contra a troika, contra este Orçamento do Estado, que se adivinha como catastrófico, e que afirma que não há becos sem saída”, acrescentou ainda.
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar