Dois europeus suspeitos de traficarem órgãos foram queimados vivos em Madagáscar

Um era francês. O outro era também europeu. Um terceiro homem, habitante da ilha, foi linchado.

Uma multidão queimou vivos dois europeus – um deles francês – na ilha de Madagáscar e linchou um habitante local. Os três eram suspeitos de traficarem órgãos humanos depois de uma criança ter sido encontrada morta numa praia, informou a polícia.

Residentes na ilha ouvidos pela AFP dizem que a tensão aumentou recentemente com crescentes rumores do desaparecimento de várias crianças.
 
"As pessoas suspeitavam que estes homens eram traficantes de órgãos", disse o chefe da polícia de Madagáscar, Desiré Johnson Rakotondratsima. "Parece que um dos estrangeiros o admitiu em frente a residentes locais." Um outro responsável da polícia afirmou à AFP que os dois estrangeiros teriam admitido "sob tortura" serem responsáveis por este caso. A criança de oito anos foi encontrada já depois de os seus órgãos lhe terem sido retirados.
 
Um terceiro suspeito, habitante de Madagáscar, também foi morto. "Foi linchado", disse o chefe da segurança, general Andrianazary, citado pela Reuters. “As forças de segurança chegaram demasiado tarde."
 
Um dos europeus era francês, de acordo com o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros. O outro seria italiano, segundo testemunhas ouvidas que dizem que os homens eram conhecidos por Sébastien e Roberto.
 
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de França aconselhou os seus 700 cidadãos a viver em Madagáscar a não se deslocarem no interior da ilha e pediu aos que planeavam viajar para a ilha do Índico para adiarem a viagem. "Pedimos também às autoridades de Madagáscar para nos elucidarem sobre as circunstâncias exactas [do que aconteceu] e para reforçarem as medidas de segurança para os franceses que se encontram na ilha", acrescentou um porta-voz do Quai d'Orsay.
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