Fundação Cupertino de Miranda já tem terreno para a segunda torre em Famalicão

Nova torre terá projecto de Eduardo Souto Moura e será mais alta do que a actual.

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Souto Moura apresentou anteprojecto há dois anos Nelson Garrido/Arquivo

A Câmara de Famalicão já aprovou a cedência do terreno para a segunda “torre” da Fundação Cupertino de Miranda (FCM), que incluirá uma guardaria de obras de arte, “única” na Península Ibérica.

O director artístico da fundação, António Gonçalves, disse à Lusa que a cedência do terreno significa “um passo decisivo” para o avanço do projecto, porque só assim pode ser formalizada a candidatura da obra aos fundos comunitários.

São 1865 metros quadrados que passarão do domínio público para o domínio privado, conforme deliberações já aprovadas pela câmara e pela assembleia municipais de Vila Nova de Famalicão. Quanto ao investimento necessário para a nova torre, António Gonçalves disse que ele ainda não está quantificado, porque o projecto final só agora vai ser elaborado. “Mas serão certamente alguns milhões de euros”, acrescentou.

Desenhada por Eduardo Souto Moura, a nova torre terá 40 metros de altura. Vai ficar adjacente à actual, que tem dez pisos e 34 metros de altura. “Ficaremos ali com uma espécie de Torres Gémeas, à nossa escala”, referiu Souto Moura, há dois anos, na apresentação do anteprojecto da obra.

A nova torre, cujo projecto vai agora começar a ser riscado, terá mais um andar do que a actual, de forma a permitir o prolongamento da sala de eventos para o terraço do prédio existente.

Também há dois anos, o presidente da Fundação, Pedro Álvares Ribeiro, anunciou que a nova torre, além de quatro salas autónomas para exposição, um espaço para eventos de grandes dimensões, um restaurante e bar, terá ainda uma guardaria de obras de arte. “Não conhecemos na Península Ibérica uma outra oferta para esse fim”, referiu, frisando que esse espaço permitirá acolher colecções de “enorme valor, nacionais e internacionais”.

Souto Moura sublinhou que está a desenvolver o projecto de forma a que o terreno público ocupado seja o menor possível e que o jardim ali existente mantenha a totalidade das árvores. “Se tudo correr bem, não será preciso deitar abaixo nenhuma árvore; se não, será derrubada apenas uma. Mas já propus à Fundação que por cada árvore abatida sejam plantadas pelo menos quatro”, referiu o arquitecto.
 

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