Biatlo de tanques com muita pólvora no ar

A Rússia tem um novo desporto, o biatlo de tanques. Uma corrida de tanques onde a pontaria é tão ou mais importante do que a velocidade.

O biatlo de tanques teve lugar nos arredores de Moscovo e pôs frente a frente tanques de vários países da extinta URSS: Rússia, Arménia, Bielorrússia e Cazaquistão. Sim, leram bem.

A competição é composta por várias actividades, como pistas de obstáculos, tiro ao alvo e outros números de "acrobacias". Nela participaram os quatro países, todos equipados com tanques T-72, um carro de combate icónico para os países que compunham a União Soviética.

O Tenente General Ivan Buvaltsev, chefe do exército russo, garante que este é um espectáculo fora do comum. “Os espectadores que nos visitem podem ver não só um espectáculo, mas uma competição entre homens reais em tanques reais”, afirma o chefe do exército russo em declarações à Reuters.

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A primeira fase da competição destinava-se a usar a arma principal do tanque para atingir alvos a 2200 metros de distância (perto do alcance máximo), enquanto se percorria o “terreno de jogo”. Porém, a equipa que falhasse um dos alvos tinha automaticamente de percorrer mais 500 metros do que o estipulado.

Outra das etapas consistia em usar a metralhadora de 7.62 milímetros de calibre para atingir alvos que simulavam esquadrões anti-tanque e unidades de infantaria – e que se situavam entre os 600 e os 700 metros de distância.

Na última fase do concurso, as equipas tinham de manobrar os tanques numa pista de obstáculos, como campos minados, pontes e outras barreiras. Falhar ou derrubar os obstáculos correspondia a um acréscimo de 10 segundos ao tempo final da prova.

A Rússia ganhou a competição, seguida pelo Cazaquistão, Arménia e, por último, Bielorrússia. No entanto, nem todos puderam assistir à vitória da equipa da casa. Ao todo, estiveram presentes 3000 espectadores, na sua maioria militares e outras personalidades de relevo na Rússia. O evento vai ser transmitido, todos os sábados, por um canal da televisão russa.

EUA, Alemanha e Itália foram convidados para a próxima edição do evento, que terá lugar no próximo ano. No entanto, as entidades dos respectivos países ainda não confirmaram essa participação.

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