Uma Cidade forte, cosmopolita e solidária

São as pessoas que conferem carácter e talento às cidades, habitando-as, enchendo-as de memórias, de afetos, de sonhos e de relações. Como lembrava Charles Landry, o célebre mentor das “cidades criativas”, a força propulsora do desenvolvimento de uma cidade está no seu capital de solidariedade, no seu desejo de ser a “melhor cidade para o mundo” e não propriamente a “melhor cidade do mundo”.

É este o espírito que anima o projeto “Educação e Hospitalidade Urbana”, um projeto de pedagogia social destinado a evidenciar o património identitário e relacional da cidade, começando pela forma como ela acolhe os seus “outros”, os estrangeiros, os visitantes, os imigrantes e, de modo muito especial, os cidadãos mais vulneráveis e suscetíveis de exclusão, como as “pessoas semabrigo”, por exemplo.

Enquanto seres relacionais que somos, tornamo-nos aptos a aprender e a evoluir exatamente na medida em que soubermos ser “hóspedes uns dos outros” em todas as circunstâncias e ao longo de toda a vida, construindo em conjunto mais e melhor cidade, mais e melhor sociedade.

Docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. A autora escreve segundo o Acordo Ortográfico.

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