Capitão do Costa Concordia culpa timoneiro pelo naufrágio do navio

Erro de Jacob Rusli terá ditado o naufrágio, acusa Francesco Schettino.

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Naufrágio do Costa Concordia vitimou mortalmente 32 pessoas. DR

Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia, disse nesta segunda-feira em tribunal que está a ser acusado injustamente pelo naufrágio que provocou 32 mortos em Janeiro de 2012. Segundo Schettino, a desobediência do timoneiro do navio cruzeiro, Jacob Rusli, a uma ordem sua terá contribuído para o desfecho trágico do acidente.

A primeira sessão judicial do processo teve lugar a 17 de Julho. O almirante Giuseppe Cavo Fragone, perito nomeado pelo juiz instrutor do processo, afirmou que o timoneiro "não teria evitado o impacto de qualquer forma". Porém, Schettino refutou hoje estas declarações, redireccionando as culpas do naufrágio para Rusli.

"Quando lhe pedi para que virasse, não o fez de imediato, o que foi errado, já que o navio já possuía uma aceleração para a direita. Se ele tivesse cumprido as ordens, o impacto não teria ocorrido."

A defesa de Schettino já disse à comunicação social italiana que uma equipa de peritos pode comprovar que, se Rusli tivesse executado a manobra tal como lhe tinha sido pedido, a tragédia teria sido evitável. Foi ainda pedida uma peritagem à sala de comandantes do navio, o que se tornou agora possível graças ao endireitamento do <i>Costa Concordia</i>.

Schettino é o único dos acusados que ainda não foi julgado. Os restantes arguidos foram condenados a penas inferiores a três anos de prisão, o que lhes permitirá escapar à cadeia. O próprio Rusli já tinha sido condenado a 20 meses de prisão.

 

 

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