Japão entra na era "nuclear zero" com a paragem do único reactor ainda em funcionamento

Acidente de Fukushima levou a que todas as centrais nucleares tenham sido encerradas. Governo quer reactivá-las.

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O reactor 4 de Oi, no Oeste do Japão Reuters

O único reactor nuclear que ainda estava em funcionamento, no Japão, começou este domingo a ser desactivado para manutenção o que coloca o arquipélago privado, por completo, de energia nuclear, por um período que os militantes anti-nuclear desejam que seja para sempre.

"Os procedimentos de paragem do reactor 4 de Oi (no oeste do país) começaram este domingo às 16h40 (7h40 em Portugal continental) e só terminarão na segunda-feira de manhã", informou o porta-voz da companhia Kansai Electric Power.

Depois do acidente de Fukushima, causado pelo sismo e maremoto a 11 de Março de 2011, todas as centrais nucleares japonesas têm sido, progressivamente, colocadas fora de serviço sine die, por precaução.

A partir de segunda-feira, o Japão entra num período de "nuclear zero", apesar de os reactores contribuirem para cerca de um quarto da produção eléctrica do país.

Esta situação não é a ideal nem para as empresas produtoras de energia nuclear, nem para o Governo, que terá de aumentar a factura da importação de energia. Portanto, a intenção é que a energia nuclear volte a ser produzida depois das empresas fazerem a manutenção das centrais e introduzirem todas as normas de segurança e equipamentos previstos para evitar acidentes como o de Fukushima.

Uma intenção que tem sido polémica. A decisão final de reactivar as centrais é do poder político. Apesar de o executivo de Shinzo Abe ser favorável à reactivação, a maioria da população e as organizações anti-nuclear defendem o fecho das centrais em definitivo.

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