Alemães desaprovam o dedo do meio do rival de Merkel

Sondagem mostra que muitos alemães (50%) consideram que o SPD vai sair prejudicado nas eleições de dia 22 por causa do gesto irreverente de Peer Steinbrück.

Nota: por questões legais, a agência de fotografia AFP pediu ao PÚBLICO para retirar a fotografia que acompanhava esta notícia e que mostrava Peer Steinbrück, candidato da oposição do SPD, na capa da revista Süddeutsche Zeitung.
Quase dois terços dos alemães (62%) desaprovam o dedo do meio exibido pelo rival social-democrata de Angela Merkel, Peer Steinbrück, na capa de uma revista, diz uma sondagem divulgada este sábado pela cadeia RTL.

O gesto irreverente, que irrompeu na campanha a pouco mais de uma semana das eleições que se realizam no próximo dia 22, suscitou descontentamento mesmo nas fileiras dos sociais-democratas (SPD): 47% consideram “errado” gesto com dedo do meio feito por Steinbrück.

Cinquenta por cento das pessoas interrogadas pelo instituto Forsa (1001 inquiridos) também consideram que o gesto de Steinbrück vai prejudicar o SPD nas eleições em que os conservadores da chanceler Merkel são dados como favoritos.

Na revista que acompanha a edição de sexta-feira do diário Süddeutsche Zeitung, Peer Steinbrück aparece a mostrar o dedo do meio. A imagem insere-se num conjunto de várias fotografias publicadas no interior da revista que fez uma entrevista ao candidato em que este era convidado a responder por gesto às perguntas.

Uma das perguntas era sobre as alcunhas (Peerlusconi, Peer problema, Peer das gaffes) que Steinbrück ganhou graças às suas inúmeras gaffes de comunicação. O candidato do SPD optou pela irreverência para responder aquilo que considerou ser uma pergunta irrelevante e mostrou o dedo do meio.

O líder dos liberais, parceiros de coligação de Merkel, Phillip Rösler, disse no Twitter que o gesto exclui Steinbrück da corrida. “Não se pode fazer isso”. Também do partido Die Linke (A Esquerda) veio uma reacção semelhante em relação ao dedo do meio: o gesto “marca o fim oficial da candidatura de Peer Steinbrück a chanceler”. A CDU não comentou.

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