Concentração das Urgências Nocturnas de Lisboa com acréscimo de atendimentos

A reorganização em causa abrange os quatro hospitais da região de Lisboa com serviços de urgência.

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Os peritos estão a estudar a reforma da rede de urgências do país PÚBLICO/Arquivo

O Ministério da Saúde (MS) indicou nesta sexta-feira que, no âmbito da segunda fase da reorganização e concentração das Urgências Nocturnas de Lisboa, se registou um acréscimo diário de atendimentos, quer na especialidade de oftalmologia, quer na de psiquiatria.

A segunda fase de reorganização da Urgência Metropolitana de Lisboa arrancou a 2 de Setembro, no período entre as 20h e as 8h, com duas especialidades: Psiquiatria e Oftalmologia. A primeira fase iniciou-se há um ano com Otorrinolaringologia.

"A média de transferências registadas nos primeiros oito dias de reorganização é de 4,25 transferências por dia, em oftalmologia, e de 0,62 transferências por dia, em psiquiatria", quanto ao Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), refere uma nota informativa do Ministério da Saúde.

Por seu lado, o Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) registou uma média diária de 2,38 transferências por dia, na especialidade de psiquiatria.

"A concentração de urgências representou assim um acréscimo de sete doentes/dia para os serviços" daquelas duas unidades (CHLN e CHLC), acrescenta a nota.

Precisa ainda que nos primeiros oito dias de funcionamento (de 2 a 9 de Setembro) da reorganização de urgências nocturnas de Lisboa, o CHLN registou cinco transferências em psiquiatria e 34 transferências em oftalmologia. Ou seja, o CHLN atendeu uma média de 0,62 transferências diárias em psiquiatria e 4,25 transferências diárias em oftalmologia.

No caso do CHLC, nos primeiros oito dias de funcionamento da segunda fase da reorganização de urgências nocturnas, foram atendidas 19 transferências inter-hospitalares na especialidade de psiquiatria, o que perfaz uma média de 2,38 transferências diárias.

Segundo o MS, a reorganização da Urgência Metropolitana de Lisboa resulta de "um esforço de melhoria da qualidade da assistência clínica", na sequência de limitações de recursos humanos que obrigavam a uma transferência sistemática de doentes.

"Resulta ainda na optimização dos recursos para as especialidades com menor casuística e, portanto, com menor impacto no período nocturno. Finalmente, deriva da necessidade de melhorar o modelo de governação clínica dos hospitais", diz o Governo.

O MS sublinha que a reorganização das urgências nocturnas "não implicou encerramentos" de Serviços de Urgência nos restantes hospitais e que "todos" os Serviços de Urgência da região de Lisboa "têm a mesma capacidade de atendimento para a generalidade das situações clínicas emergentes ou urgentes.

"Na área da Grande Lisboa, e durante o período diurno, não existirão alterações no quadro das especialidades disponíveis nos hospitais com Serviço de Urgência", lê-se no documento.

A reorganização em causa - especifica o MS - abrange os quatro hospitais da região de Lisboa com serviços de urgência que distam entre si menos de 10 quilómetros. Estes serviços passam a colaborar uns com os outros e a contar com a participação de profissionais de outros hospitais, para garantia da urgência nocturna.

O processo de reorganização dos serviços de urgência diz apenas respeito à articulação dos hospitais. Os cidadãos devem, por isso, continuar a recorrer à Urgência a que habitualmente se dirigem e que corresponde à área da sua residência.

 

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