PS parece zangado com resultados "objectivamente positivos" do PIB, diz PSD

CDS aconselha "prudência" face a dados que "precisam de ganhar consistência".

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Frasquilho defende "austeridade no Estado" e alívio na sociedade Miguel Manso

O vice-presidente da bancada do PSD Miguel Frasquilho considerou nesta sexta-feira que o PS "pareceu ficar zangado" com os resultados da evolução económica no segundo trimestre deste ano, que defendeu serem "objectivamente positivos".

Num comentário aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao segundo trimestre deste ano, divulgados nesta sexta-feira, Miguel Frasquilho afirmou que "o PSD estanha muito a postura do maior partido da oposição, que pareceu ficar zangado com estes resultados".

Segundo o social-democrata, o PS teve uma atitude "que não credibiliza os actores políticos" e que "os portugueses têm muita dificuldade em perceber, perante dados que são objectivamente positivos", quando apontou os mais recentes números do INE como "sinais" de que "Portugal continua em recessão" e de que "é preciso parar com a austeridade" para que a economia portuguesa recupere.

Miguel Frasquilho contrapôs que os dados hoje divulgados "são resultados encorajadores" que permitem "ter esperança que, para o conjunto deste ano e para 2014 e anos seguintes, as perspectivas sejam ligeiramente melhores do que aquilo que se antevia".

O antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças e actual deputado do PSD e quadro do Banco Espírito Santo assinalou que "as exportações tiveram o melhor trimestre desde 2010, isto face ao anterior, e que quer o consumo privado quer o investimento cresceram também face ao trimestre anterior, que era algo que já não se via também há bastantes trimestres".

"Juntando a esta informação a descida do desemprego, podemos concluir que estamos perante dados que são positivos", defendeu Miguel Frasquilho, embora ressalvando que os números em causa "devem ser encarados com cautela", porque existe um "efeito sazonal, que não deve ser ignorado, e que influenciou tanto a evolução do desemprego como de algumas componentes da procura, nomeadamente o investimento".

"De qualquer forma, o comportamento e a evolução das exportações são, de facto, muito positivos e deixam-nos boas perspectivas para o conjunto do ano, até porque os indicadores avançados para o terceiro trimestre, que dizem respeito a Julho, indiciam que esta evolução que foi positiva no segundo trimestre pode manter-se", acrescentou.

"Não temos a certeza, evidentemente, mas pode manter-se, e, portanto, isto significa que os esforços que os portugueses têm estado a fazer começam a ver primeiros resultados", sustentou o vice-presidente da bancada social-democrata.

CDS: Crescimento do PIB é encorajador mas precisa de ganhar consistência

Por seu lado, o porta-voz do CDS-PP, João Almeida, considerou “relevante e encorajador” a confirmação do crescimento de 1,1 por cento do PIB no segundo trimestre do ano, manifestando também "prudência" face a dados que "precisam de ganhar consistência".

“São notícias encorajadoras do ponto de vista económico e devem ser vistas com esperança”, afirmou João Almeida, em declarações à Agência Lusa, referindo-se aos dados divulgados pelo INE que confirmam o crescimento de 1,1 por cento do PIB no segundo trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior.

Em declarações à Lusa, João Almeida manifestou no entanto “prudência” face a dados que “são positivos” mas que “precisam de ganhar consistência para que se reflitam na vida dos portugueses”.

O deputado democrata-cristão destacou que Portugal “não só cresce mais neste trimestre do que a média da União Europeia” mas também “é o país que mais cresce”.

“Isso dá esperança e acima de tudo dá a importância de prestar o devido reconhecimento aos empresários, aos trabalhadores, às empresas portuguesas. Esta é uma prova de resistência das empresas portuguesas que conseguiram dar este sinal animador e agora merecem que haja condições para que este caminho possa ter continuidade”, acrescentou.

 

 

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