A crise está a ajudar as mercearias de bairro

No primeiro semestre, o peso do comércio tradicional cresceu para 15,4%. É uma "novidade" e um sinal de que o mercado se está a transformar, diz a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição

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Nuno Ferreira Santos

A crise já levou os portugueses a cortarem nas idas ao restaurante, a cozinharem mais em casa e a comprarem ainda mais produtos frescos. Também impulsionou descontos e promoções e racionalizou o consumo. Mas a mudança de hábitos parece ser mais profunda.

As pequenas mercearias e supermercados de bairro, detidos por empresários em nome individual, estão a conquistar pontos num sector de grande concorrência, dominado por gigantes como o Continente (grupo Sonae, o mesmo do PÚBLICO), Pingo Doce, Jumbo (Auchan) ou Lidl: entre Janeiro e Junho deste ano, aumentaram para 15,4% a quota no mercado alimentar, ou seja, mais 0,3 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2012.

"Este aumento de 0,3 pontos percentuais do comércio independente - que difere das cadeias organizadas por insígnias - significa que está a ocorrer uma transformação no mercado relativamente à oferta", diz Ana Isabel Trigo de Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição.

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