Venezuela: ladrões dedicam-se a roubar cabelo

A cidade de Maracaibo, na Venezuela, tem dado que falar devido a assaltos para roubar cabelo. Os ladrões são "as piranhas”

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Keith Bedford/Reuters

Os ladrões são rápidos e atacam no centro de Maracaibo, uma cidade costeira da Venezuela: aproximam-se das pessoas com tesouras — às vezes até com tesouras de podar — e cortam-lhes o cabelo. O objectivo das "piranhas" (como os ladrões são chamados) é vendê-lo a cabeleireiros e estabelecimentos de beleza nos centros comerciais da cidade.

A notícia é do jornal venezuelano “Panorama” que, na sua versão online, conta como “mechas abundantes” de cabelo, de cerca de 22 centímetros, podem custar “entre dois mil e cinco mil bolívares” (entre 240 e 600 euros, aproximadamente).

O cabelo roubado é lavado com champô e secado — chega a ser alisado —, para ser, depois, embalado em pequenas saquetas transparentes. Tudo para atrair compradores: “os cabelos lisos são os mais procurados pelas ‘piranhas’”, diz o “Panorama”.

A compra e venda de cabelo natural é comum em Maracaibo, sublinha o jornal. São as mulheres da cidade quem mais sofre com esta onde de assaltos — tanto que até já começam a ter algumas precauções, como apanhar ou esconder o cabelo.

O secretário de Segurança e Ordem Público do Governo do estado de Zulia, Jairo Ramiréz, salienta, contudo, o facto de não existirem denúncias sobre os assaltos. “Não sei até que ponto isto está a acontecer desta maneira. Não sei de denúncias deste tipo, não digo que não exista, mas não está muito claro”.

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