PSD reclama investigação ao Governo Sócrates sobre falsificação de contas públicas

Marco António Costa lamentou "processo de intenções cirurgicamente" conduzido" para atacar Pais Jorge.

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PSD já comentou pedido de demissão de Pais Jorge Paulo Pimenta / Arquivo

O PSD exigiu esta quarta-feira que as entidades judiciais e bancárias façam uma investigação sobre o comportamento do governo de José Sócrates em relação a produtos financeiros que serviam para "adulterar ou falsificar" as contas públicas, situação que pode "configurar a prática de actos ilícitos".

Numa declaração de escassos três minutos sem direito a perguntas, o vice-presidente social-democrata Marco António Costa lamentou que o secretário de Estado do Tesouro tenha sido "alvo de um processo de intenções cirurgicamente conduzido por pessoas que forneceram à imprensa documentos que hoje já se sabe terem sido manipulados".

Sem fazer qualquer referência a responsabilidades por essa manipulação ou mesmo sobre que conteúdo terá sido manipulado, o vice-presidente do PSD passou ao ataque. "A ser verdade o que é relatado pela imprensa, que instituições bancárias abordaram o anterior governo para vender produtos financeiros que, alegadamente, permitiriam adulterar ou falsificar as contas do Estado português, questiona-se como é que o governo de então não denunciou tais práticas ao Ministério Público e ao Banco de Portugal, como entidade supervisora do sistema financeiro."

Numa tentativa de passar responsabilizar o PS, os sociais-democratas exigem agora" das entidades competentes a averiguação dos factos divulgados pela imprensa, para esclarecer, nomeadamente, a eventual ocultação de actos que poderão configurar ilícito criminal por elementos ligados ao anterior Governo".

"Numa sociedade livre não há factos políticos por esclarecer", disse ainda Marco António Costa, rematando que "a democracia e a opinião pública nunca podem ficar reféns de ambiguidades ou de documentos manipulados".

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