Cavaco Silva expressa "profundo pesar" e solidariedade ao povo espanhol

Descarrilamento em Santiago de Compostela fez pelo menos 78 mortos

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Fontes anónimas citadas nos jornais garantem que o comboio seguia em excesso de velocidade. O maquinista, que sofreu ferimentos ligeiros, admitiu que "entrou forte" na curva, que é bastante acentuada PÚBLICO/Adriano Miranda

Numa mensagem de condolências enviada a Juan Carlos, a quem se dirige como “Majestade, Caro Amigo”, Cavaco Silva pede ao rei de Espanha que transmita às famílias das vítimas as “sinceras condolências” dos portugueses.

O Presidente da República expressou o “profundo pesar” e a “sentida solidariedade” do povo português e do próprio Cavaco Silva perante o acidente de Santiago de Compostela, que matou 78 pessoas.

“Neste momento difícil, o nosso pensamento está com todos aqueles que foram atingidos e, em particular, com quantos sofreram a dor de perdas humanas”, diz o chefe de Estado, que afirma ter recebido a notícia do acidente “com a mais profunda consternação”.

“Quero transmitir a Vossa Majestade e ao Povo Espanhol, em nome do Povo Português e no meu próprio, os sentimentos do nosso mais profundo pesar e a expressão da nossa sentida solidariedade”, acrescenta.

Na sua mensagem, divulgada na página da Presidência da República Portuguesa na Internet, Cavaco Silva exprime ao rei o seu reconhecimento e a sua “mais elevada consideração e estima pessoal”.

Também o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho enviou uma mensagem de condolências ao homólogo espanhol e ao presidente do governo regional da Galiza.

“Neste momento de partilhada tristeza quero reiterar a profunda solidariedade de todos os portugueses com os familiares das vítimas e todos aqueles que foram afectados por este trágico acontecimento”, de acordo com a mensagem enviada a Mariano Rajoy e a Alberto Núñez Feijóo.

O primeiro-ministro ofereceu ainda a ajuda do Governo português para “tudo quanto se afigure necessário”.

O rei Juan Carlos escreveu uma carta expressando as condolências aos "familiares e vítimas mortais, aos feridos e a todos os atingidos", descrevendo o acidente como um "evento desgraçado que como seres humanos e como espanhóis nos comove e nos enche de dor e tristeza".  Um desastre que "deixa de luto o nosso país", acrescentou o rei, referindo que a tragédia ocorre em véspera do dia da Galiza.

O acidente, que ocorreu na quarta-feira às 20:45 locais (19:45 em Lisboa) quando um comboio de alta velocidade que fazia a ligação entre Madrid e Ferrol, fez até agora 78 mortos e 130 feridos.

Outras reacções

Também o Papa Francisco, que se encontra numa visita ao Brasil, ficou "profundamente comovido" ao saber da tragédia. O cardeal Antonio María Rouco, de Madrid, que durante dez anos do Arcebispo de Santiago de Compostela, informou o Papa pessoalmente. O actual Arcebispo de Santiago, Julián Barrio, disse estar "chocado" com o terrível acidente que o deixou "praticamente sem palavras."

Em Barcelona, onde decorrem por estes dias os Mundias de Natação, o Comité Organizador decretou um minuto de silêncio antes do início das provas desta quinta-feira em memória das vítimas do descarrilamento de comboio na Galiza.

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