A actriz norte-americana Natalie Portman, vencedora do Óscar de Melhor Actriz em 2011 pela sua actuação em Cisne Negro, vai dirigir a sua primeira película.

A longa-metragem será baseada na obra Uma História de Amor e Trevas, autobiografia do escritor israelita Amos Oz. Portman está também no elenco do filme, interpretando a mãe de Oz que se suicidou suicídio quando o escritor tinha 12 anos.

Uma História de Amor e Trevas relata-nos a infância de Oz nas décadas de 40 e 50, descrevendo momentos significativos na vida da personagem como a morte da sua mãe, de que o pai não falava. O escritor nasceu em Jerusalém com o nome de Amos Klausner, em 1939, mas escolheu Oz como nome literário, que significa força ou coragem. Descendente de uma família da Europa de Leste, sionista mas distante da religião, saiu de casa aos 15 anos e foi adoptado por um kibbutz. Hoje vive em Arad, no deseto de Negev, por causa da asma de um dos seus filhos.

Oz está a participar no desenvolvimento do argumento, e Portman deverá viajar já em Setembro para Israel para iniciar a pré-produção. "Portman leu a minha obra e pediu-me para lhe ceder os direitos da adaptação cinematográfica há uns cinco ou seis anos", afirmou Oz à Reuters. "Acedi porque possuo imensa consideração pelo seu trabalho. É uma actriz fantástica."

Portman, 32 anos, nasceu em Jerusalém e possui dupla nacionalidade, uma vez que o seu pai é israelita e a mãe é norte-americana. Embora tenha crescido nos EUA, tendo-se formado na Universidade de Harvard, possui conhecimentos de hebreu.

A actriz continua envolvida com o mundo da representação, voltando a desempenhar o papel da cientista Jane Foster em Thor: The Dark World, sequela do blockbuster de 2011. Uma vez finalizada a produção do seu primeiro filme, Portman interpretará Lady Macbeth na nova adaptação cinematográfica do clássico de William Shakespeare, Macbeth. A personagem titular ficará a cargo de Michael Fassbender, e o filme contará com a realização de Justin Kurzel.

Os seus livros já foram traduzidos para 41 línguas, incluindo o árabe, em 35 países. É um dos fundadores do movimento Peace Now, advogando a solução de dois estados.