PCP e Bloco sublinham "grande convergência" no final de reunião conjunta

Foi a primeira vez que o secretário-geral comunista Jerónimo de Sousa esteve na sede do BE, em Lisboa. A reunião, a pedido do PCP, terminou com convergência.

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PCP e BE reunidos nesta manhã de sexta-feira para discutirem juntos a crise política Rui Gaudêncio

PCP e BE estiveram reunidos nesta sexta-feira pouco mais de uma hora, na sede bloquista em Lisboa. No final do encontro, a coordenadora do Bloco, Catarina Martins, e o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sublinharam uma ampla convergência. Mas que não é uma coligação.

Com a crise política em cima da mesa, bloquistas e comunistas criticaram o PS por estar sentado com os partidos da maioria, tentando responder positivamente ao apelo de Cavaco Silva para um compromisso de salvação nacional. Em sintonia em relação à necessidade de o país ir a votos rapidamente, como única solução para a crise política que atravessa, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins sublinharam amplos pontos de convergência entre PCP e BE.

No final do encontro, Jerónimo, que liderou a delegação do PCP, composta também pelos dirigentes Jorge Cordeiro e João Oliveira, defendeu que "querem fazer crer aos portugueses que não há política alternativa" e que o encontro entre os dois partidos foi "uma demonstração cabal" que essa tese é falsa.

"Há uma política alternativa assente em grandes eixos", como a rejeição do "pacto de agressão", a renegociação da dívida que inclua uma moratória de parte da dívida, a aposta na produção nacional e a devolução de salários e pensões, disse Jerónimo de Sousa.

"Reforçámos e abrimos aqui o caminho que pode guardar convergência", sublinhou o líder comunista. E frisou: "Convergência não é coligação." 

Também Catarina Martins, que liderou a delegação do BE, que contou com a presença do também coordenador João Semedo e do dirigente Pedro Soares, quis realçar "uma reunião muito produtiva". A líder bloquista afirmou que no encontro foram discutidas propostas políticas concretas: "Convergimos na análise face ao pântano a que chegou o actual Governo e que a única saída para o país é eleições antecipadas, ou seja, este é um Governo que falhou redondamente e, portanto, estar a salvar este Governo não poderá nunca ser a salvação do país, muito pelo contrário".
 

 
 

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