A vitamina E dos tempos de agir

As condições para a criação de um novo negócio mudaram e presenciamos uma fase em que só não sabe quem não tem interesse e só não avança quem não quer assumir riscos

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Jorge Dan Lopez/Reuters

Todos os dias somos atingidos por notícias sobre a crise que o nosso país atravessa. Os cortes que ouvimos a toda a hora e sentimos no peso da nossa carteira são ofegantes. A taxa de desemprego atinge novos recordes e a esperança das pessoas esvai-se com o passar dos dias. Estas são obrigadas a criar algo inovador, criativo e que dê dinheiro.

Paralelamente ao cenário negro que vivemos, nasce uma nova linha de fazedores.

Muitos deles trabalhavam na área da fotografia e mudaram as suas vidas para trabalharem na restauração. Outros definiram um objetivo e bateram a muitas portas, ouviram muitos “não’s”, procuraram alternativas e novas soluções mas, acima de tudo, não desistiram. São obrigados a pensar rápido, a conhecer o mercado de negócios, a visionar tendências e a não ter medo de arriscar. Eles discutem os seus sonhos e trabalham para que as suas ideias se tornem em projetos. São os empreendedores dos dias de hoje!

Mas quem são estes homens sem rosto?

Estima-se que, por todo o mundo, 8,5% de adultos estejam ligados a uma atividade empreendedora e que as mulheres tenham metade da tendência que têm os homens de estarem envolvidas no arranque de negócios.

Este torna-se um número bastante pequeno comparado com as vezes que durante o nosso dia ouvimos a palavra “empreendedorismo”. É verdade ser empreendedor está em “vogue!”

Ao longo do nosso dia tomamos algumas decisões que sem nos apercebermos são criativas, inovadoras ou arriscadas. O simples ato de comprar um gelado pode ser exemplo disso, se não vejamos. Quando vamos a uma gelataria podemos escolher o nosso gelado com base no menu da casa. Fazemo-lo porque sabemos que gostamos ou porque um amigo nosso provou e o recomendou. Por outro lado, podemos fazer a nossa própria combinação. Escolhemos os sabores, o tipo de aditivo sólido e liquido que queremos “et voilà”. Só aí, já estamos a criar uma nova opção que poderia fazer parte do menu inicial e agradar a milhares de apreciadores de gelados.

As condições para a criação de um novo negócio mudaram e presenciamos uma fase em que só não sabe quem não tem interesse e só não avança quem não quer assumir riscos.

Temos instituições e voluntários que se juntam e organizam eventos para que todos tenham acesso a ferramentas de trabalho e adquiram conhecimento nas mais variadas áreas de atuação para criarem o seu próprio negócio.

Ser empreendedor é ser um fazedor de coisas. É ter paixão dentro de si e vontade de nunca parar. É não desistir e procurar continuamente por uma solução. É a busca pelo desafio e receber como prémio, a sua concretização pessoal.

Se, ainda assim continuas com dúvidas e achas que não tens futuro no ramo do empreendedorismo deixo-te o seguinte desafio para pensares.

Pega numa folha de papel e faz um círculo sobre estes três pontos-chave: “O que sabes fazer”, “O que gostas de fazer” e por fim, “O que te dá dinheiro”. Ainda vais ter a agradável surpresa de descobrir que o teu negócio existe e que há um empreendedor dentro de ti.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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