Traçar o percurso e arrancar

Um dos muitos itinerários possíveis para o Optimus Alive. É essa a beleza de um festival. Cada um está no palco que quer.

Foto

Faltam poucas horas para o festival que este ano conta com um cartaz especialmente sedutor e que obriga, necessariamente, a uma organização prévia.

A presença de mais uma centena de artistas nestes três dias de festival, a horas que se sobrepõem, não permite um total relaxamento: amigos, é preciso organizarmo-nos, sair cedo dos trabalhos, dos estudos, e saber o que não queremos perder, porque este fim-de-semana (e agora vai rimar) o difícil vai ser escolher.

Deixo-vos uma sugestão de itinerários para uma viagem musical de sexta a domingo, ou, um “como pretendo organizar o festival sabendo que posso mudar de palco quando quiser”.

Sexta-feira o ideal era chegar pouco depois das cinco da tarde ao Passeio Marítimo de Algés para abrir o palco Clubbing com a batida do projecto britânico Gold Panda; depois é beber qualquer coisa para ajudar na decisão — ouvir a sensual AlunaGeorge (19h45) ou os Japandroids a darem-nos “Celebration Rock”? A escolha não me parece óbvia e a visita aos dois palcos é uma opção bastante forte.

Às oito Two Door Cinema Club no Palco Optimus e é comer qualquer coisa e voltar ao Clubbing com Shadow Child às 21h35. Vinte minutos a bater o pé e arrancar para um momentos nostálgico com Green Day. Não pode deixar de ter piada cantar "Wake Me Up When September Ends" ou "American Idiot".

Às 22h30, Edward Sharpe and The Magnetic Zeros mas parece-me que pouco depois vou ter de abandonar o palco Heineken o palco para mais uma visita ao Clubbing: a Jessie Ware merece.

Vampire Weekend, que tocam à meia noite, também estão na "must-see list" e para fechar a noite Disclosure e Crystal Fighters parecem-me uma inevitabilidade muito agradável.

Chega sábado. Mais uma vez, o arranque musical é perto das seis da tarde. (Amigos, abandonem os trabalhos rapidamente). DIIV às 17h45 no Palco Heineken, e a batida de How To Dress Well às 19h00 é imperdível.

Às 20h00 é ver e ouvir a dupla Rhye e uma hora depois Flume no Clubbing. Para boa música portuguesa há Capitão Fausto às 21h25 no Palco Heineken. Se eu saltar Depeche Mode vão-me criticar muito? É que acho que prefiro jantar.

Às 22h40, o soul contagiante de Jamie Lidell vai ser bom de ouvir e acabar a noite com Crystal Castles que começam a tocar às três parece-me muito bem. A meio ainda dá para acompanhar o ritmo de Matias Aguayo.

E chega domingo. Provavelmente o dia mais concorrido de um festival onde deverão estar mais de 12 mil espectadores estrangeiros. Sugestão: começar o último dia de festival com os brilhantes portugueses Brass Wires Orchestra (vão coincidir ligeiramente com Jake Bugg mas o britânico pode esperar um bocadinho.)

Of Monsters And Men é para ouvir às 19h45 no palco Heineken e às 20h10 é imperdível Tame ImpalaTwin Shadow às 21h05 e Phoenix às 21h20... Vou ter de apostar em Phoenix mas não sei se não é de ir “Five Seconds” ao Palco Heineken. Às 22h20 num concerto que se espera cheio — Alt-J — e às 23h00 os cabeças de cartaz Kings Of Leon

Já depois da meia-noite é ir ouvir “Mirage Rock” com os Band Of Horses e acabar a noite com os geniais Django Django.

É claro que para uns há neste roteiro bandas a mais, para outras falhas imperdoáveis. Mas é essa a beleza de um festival. Cada um está no palco que quer.

Sugerir correcção
Comentar