Bombeiros dominaram incêndios em Trancoso e Bragança

Mais de 700 bombeiros ainda combatiam ao início da manhã desta quinta-feira o fogo que deflagrou em Alfândega da Fé e chegou a a ameaçar casas.

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Mais de 700 bombeiros combatem incêndio no concelho de Alfândega da Fé Adriano Miranda/Arquivo

Os bombeiros conseguiram dominar ao início da manhã desta quinta-feira o incêndio na localidade de Vilares, concelho de Trancoso (Guarda). O mesmo aconteceu em Bragança, onde o incêndio foi dado como dominado às 10h, depois de dois dias a queimar mato e a ameaçar casas.

O fogo florestal que deflagrou na terça-feira, às 13h47, no concelho de Alfândega da Fé, foi dado como "dominado em todo o perímetro" mas às 11h45 continuava a ser combatido por mais de 700 bombeiros, apoiados por quase 200 veículos e nove meios aéreos. O incêndio, que lavra na localidade de Picões/Ferradosa, chegou a ter seis frentes activas. Depois de uma acalmia durante a madrugada, com os bombeiros a considerarem o fogo dominado, este voltou a evoluir “desfavoravelmente” às 5h, segundo a informação disponível na página de Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Às 9h40 as chamas deram finalmente tréguas aos bombeiros e às 10h o incêndio foi dominado, depois de queimar centenas de hectares de mato, olivais e amendoeiras, gado e anexos de casas. Várias habitações foram ameaçadas na quarta-feira pelo fogo, o que levou a evacuação de casas em estevais e à retirada de seis pessoas da povoação de Quinta das Peladinhas, Mogadouro. Na aldeia de Estevais, durante tarde, o fogo esteve a dezenas de metros das habitações, o que levou a uma intervenção "musculada" por parte de bombeiros, militares e população, apoiados por meios aéreos. "Vivemos situações de grande aflição", disse um dos moradores.

Uma viatura dos bombeiros de Alfandega da Fé foi destruída pelas chamas ao final da tarde de quarta-feira, quando se preparava para combater uma das frentes de incêndio na zona dos Picões/Ferradosa.

Em Vilares, o fogo deflagrou na quarta-feira às 14h22 e foi dado como dominado às 6h35, estando a ser combatido por 143 operacionais, apoiados por 34 veículos. Segundo a Protecção Civil, nenhuma povoação esteve em risco, apesar de as chamas terem andado perto da aldeia de Feital. Não há registo de danos em habitações ou pessoas.

Na quarta-feira, a ANPC registou 137 incêndios que foram combatidos por 2485 operacionais, com o auxílio de 656 veículos.

Menos calor mas risco de incêndio mantém-se
Nesta quinta-feira, apesar da previsão de descida de temperatura, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta que há 13 concelhos dos distritos de Faro, Castelo Branco, Guarda, Coimbra e Viseu sob risco máximo de incêndio.

São eles Monchique (Faro), Oleiros (Castelo Branco), Pampilhosa e Arganil (Coimbra), Sabugal, Guarda, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Trancoso (Guarda) e Tarouca, Moimenta da Beira e Sernancelhe (Viseu)

Três distritos do continente – Vila Real, Bragança e Guarda – estão sob aviso amarelo e as zonas montanhosas da Madeira estão sob aviso laranja devido à persistência de valores elevados das temperaturas máximas, informou o IPMA.

O IPMA prevê para esta quinta-feira céu pouco nublado ou limpo no continente, apresentando-se muito nublado por nuvens baixas no litoral oeste, em especial até ao final da manhã e para o final do dia, com possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco.

Está também previsto aumento temporário de nebulosidade durante a tarde nas regiões do interior Norte com condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada, vento em geral fraco do quadrante oeste. A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal e pequena descida das temperaturas mínima e máxima, mais significativa na região sul.

Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.

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