João Coutinho já não vai ser gestor executivo da CGD

Para o lugar entra Jorge Cardoso, actual presidente do banco de investimento do grupo estatal.

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A equipa de gestão tem como mandato o período de 2013/2015 Nuno Ferreira Santos

O Governo recuou na nomeação de João Coutinho para a nova equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), escolhendo para o lugar Jorge Cardoso, actual presidente do banco de investimento do grupo público.

Da lista dos novos gestores (executivos e não-executivos) comunicada nesta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários não consta João Coutinho, que há nove anos saiu da CGD com uma indemnização superior a 500 mil euros.

Como o PÚBLICO já avançara, o nome de Coutinho tinha sido aprovado pela Comissão de Selecção e Recrutamento da Administração Pública (CRESAP), que validou a competência do gestor, mas alertou o Ministério das Finanças para questões éticas relacionadas com a compensação paga em 2004.

O gestor pertenceu à equipa liderada por Luís Mira Amaral e, ao fim de seis meses, foi exonerado do cargo pelo então ministro das Finanças, António Bagão Félix, na sequência de um conflito relacionado com a administração partilhada entre Mira Amaral e António de Sousa. A compensação monetária de Coutinho (que dois anos mais tarde foi para a comissão executiva do Barclays) foi atribuída pela equipa de gestão seguinte do banco público, presidida por Vítor Martins.

Na nova equipa da CGD, cuja decisão final coube já formalmente à nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, é confirmado como novo presidente não-executivo Álvaro Nascimento. José de Matos é reconduzido como presidente executivo e, à vice-presidência, sobe Nuno Fernandes Thomaz.

Com Jorge Cardoso entram para a comissão executiva, como vogais, Ana Cristina de Leal (até aqui directora do Departamento de Estudos Económicos do banco de Portugal) e Maria João Carioca (gestora da SIBS). São reconduzidos, também como vogais, José Cabral dos Santos e João Nuno Palma. Da equipa de gestão saem Norberto Rosa e Rodolfo Lavrador.

Na administração não executiva, Álvaro Nascimento assume o lugar deixado vago por Fernando Faria de Oliveira, que pediu para sair ficando dedicado a tempo inteiro à liderança da Associação Portuguesa de Bancos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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