Maria Luís Albuquerque rejeita que promoção de Portas possa enfraquecer a sua posição

A oitava revisão trimestral do cumprimento do programa de ajustamento não está, segundo a ministra das Finanças, "nem confirmada, nem adiada".

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Maria Luís Albuquerque com o ministro das Finanças grego, Ioannis Stournaras, na reunião do Eurogrupo Thierry Charlier/AFP

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, considerou nesta segunda-feira que a nomeação de Paulo Portas enquanto novo vice-primeiro-ministro com a responsabilidade pelas relações com a troika de credores internacionais de Portugal não só não a enfraquece a si, como fortalece a posição do país.

O relacionamento do Governo com a troika (da UE e FMI) "será gerido lado a lado entre o vice-primeiro ministro e o ministro das finanças", precisou Maria Luís Albuquerque no final da sua primeira reunião dos ministros das Finanças do euro, negando qualquer possibilidade de Paulo Portas poder enfraquecer a sua posição enquanto ministra das Finanças.

"Não, de todo, não enfraquece a posição de nenhum de nós, aliás, dois a trabalhar lado a lado no mesmo sítio fortalece posições, não enfraquece, e saberemos com certeza, sendo pessoas responsáveis, ter uma forma de trabalhar que defenda o interesse nacional e conseguir os melhores resultados nesta nova frase do trabalho" do Governo, afirmou.

Segundo a ministra, ainda, a missão da troika prevista para arrancar no dia 15 para iniciar a oitava revisão trimestral do cumprimento do programa de ajustamento económico e financeiro de Portugal (que é a contrapartida da ajuda externa) não está nesta fase "nem confirmada, nem adiada".

A confirmação do regresso a Lisboa dos técnicos da troika está dependente da "decisão final" do Presidente da República, Cavaco Silva, sobre a proposta de solução governativa que lhe foi proposta na sexta-feira pelo primeiro ministro, Pedro Passos Coelho.

"A avaliação não está nem confirmada nem adiada, aguardamos a decisão do senhor Presidente da República, e só na sequência da decisão é que esse assunto será devidamente discutido", afirmou.

Segundo disse ainda aos jornalistas, Maria Luís Albuquerque informou os seus parceiros europeus sobre a solução governativa de Passos Coelho, e reiterou a "determinação do Governo português em honrar os seus compromissos externos e em executar este programa de ajustamento até à sua conclusão, em Junho de 2014, tal como esteve sempre previsto".

Segundo disse, ainda, também acrescentou que "a solução governativa que foi proposta ao senhor Presidente da República permitir-nos-á também iniciar um ciclo mais positivo na nossa vida nacional" porque "existem já alguns sinais encorajadores na situação. Apesar disso, precisou, realçou "que a situação continua a ser muito exigente" e a importância de "mantermos o caminho de manutenção da credibilidade e de confiança que soubemos conquistar ao longo destes últimos dois anos".

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