O presidente da Ordem dos Arquitectos (OdA), João Belo Rodeia, incentivou esta quinta-feira os profissionais desta área a diversificarem a actividade e a encontrar parcerias para “enfrentar uma das conjunturas mais sombrias de que há memória”. João Belo Rodeia falava na abertura do 13.º Congresso dos Arquitectos, na Faculdade de Belas Artes, em Lisboa, onde a reunião vai decorrer até sábado para debater o presente e o futuro da profissão, sobretudo o seu principal problema: o desemprego.

Perante uma plateia de cerca de 200 arquitectos, muitos deles jovens, o presidente da OdA, sublinhou que apesar da classe enfrentar “um dos momentos mais incertos de há muitos anos, não deve esquecer a sua herança de vocação colectiva de serviço ao bem comum”. "Somos herdeiros desta tradição de missão social, como a mais democrática das formas de arte, e nunca podemos esquecer-nos dela”, salientou.

O presidente da OdA disse ainda que este congresso dos arquitectos - que são mais de 22 mil no país - “vai servir para interrogar o presente e equacionar o futuro”. O responsável declarou que a crise actual no país “provocou a regressão do direito à arquitectura, a implosão de encomendas de trabalho e o eclipse das empresas de construção no país”.

Para contrariar esta situação, que tem deixado muitos arquitectos no desemprego, forçando-os a emigrar, João Belo Rodeia urgiu os profissionais a diversificarem o seu exercício profissional, a criar sinergias, e a encontrar parceiros internacionais. O mesmo disse ainda que neste congresso a direcção não irá criar uma moção, como é habitual, mas sim um documento de referência, com conclusões que serão divulgadas a todos os arquitectos.

O tema geral do encontro promovido pela Ordem dos Arquitectos (OdA) é “O Futuro da Arquitectura, Hoje!” e o congresso vai decorrer até sábado na Faculdades de Belas Artes, em Lisboa.