Popularidade de Dilma caiu para metade desde o início de Junho

Presidente brasileira desistiu de ir ao Maracanã no domingo assistir à final da Taça das Confederações, entre o Brasil e a Espanha

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A aprovação de Dilma Rousseff caiu drasticamente desde que começaram os protestos Ueslei Marcelino/REUTERS

A popularidade da Presidente brasileira Dilma Rousseff caiu 27 pontos percentuais desde a primeira semana de Junho, quando começaram os protestos na rua: de 57% passou para 30%, revela uma sondagem do Instituto Datafolha publicada este sábado.

Esta queda pode ser considerada a maior redução na taxa de aprovação de um Presidente entre um estudo de opinião e outro desde o plano económico do ex-Presidente Collor de Mello, em 1990, quando foram bloqueados os depósitos bancários, realça o jornal O Globo. Este índice de aprovação de 30% é semelhante ao pior desempenho do ex-Presidente Lula da Silva (28%) quando foi conhecido o escândalo do Mensalão, no fim de 2005.

Dado este clima, a Presidente Dilma Rousseff desistiu de assistir à final da Taça das Confederações, que se joga esta noite no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, entre Brasil e Espanha, noticiou a Agência Estado. Na abertura da competição, em Brasília, recebeu uma sonora vaia, e não quer arriscar novas manifestações de descontentamento. Afinal, até Lula foi vaiado em 2007, no Maracanã, na abertura dos Jogos Pan-Americanos.

O total de entrevistados que consideram a gestão da Presidente como “má ou péssima” disparou de 9% para 25% em relação à sondagem anterior e, numa escala de 0 a 10, a nota média dada à sua administração caiu de 7,1 para 5,8. Sobre a forma como Dilma Rousseff reagiu aos protestos que começaram por ser contra o aumento dos transportes públicos e se transformaram num movimento mais vasto contra a corrupção e as desigualdades que persistem na sociedade brasileira, 32% acharam a sua postura foi óptima ou boa. Mas 26% avaliaram-na como má ou péssima.

A avaliação positiva da gestão económica também sofreu uma forte queda: de 49% para 27%. Mais pessoas ficaram convencidas de que a taxa de inflação vai subir (51% para 54%) e disparou o número dos que acham que o desemprego vai crescer (de 36% para 44%) e o poder de compra vai cair (27% para 38%). 
 

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