FPF prevê encaixe de seis milhões com Mundial 2014 no orçamento de 2013-14

Durante a próxima época, o organismo conta gastar cerca de 13 milhões de euros em competições internacionais.

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A FPF dirigida por Fernando Gomes já conta com Portugal no Mundial 2014 Enric Vives-Rubio

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) prevê arrecadar cerca de seis milhões de euros (ME) em prémios com a presença na primeira fase do Mundial de 2014, no orçamento para 2013-14 que vai ser discutido em Assembleia Geral (AG) neste sábado.

O documento, a que a agência Lusa teve esta quarta-feira acesso, inclui 6,4 ME, decorrentes do Campeonato do Mundo a disputar no Brasil, na rubrica de rendimentos de actividades desportivas, cujo montante ascende a mais de 11 ME.

No exercício correspondente ao período 1 de Julho de 2013 e 30 de Junho de 2014, a FPF orçamenta cerca de 38,85 ME em despesas 39,97 ME de rendimentos, prevendo um saldo positivo de 127.780 euros.

Durante a próxima época, o organismo conta gastar cerca de 13 ME em competições internacionais, cabendo a principal fatia à selecção principal (7,8 ME), e 8 ME em atividades desportivas nacionais, entre arbitragem (5,49 ME) e gastos operacionais com provas (2,85).

O orçamento para 2013-14 inclui 11,182 ME em despesas com serviços de estrutura, dos quais 1,86 ME para órgãos estatutários, 4,5 ME em gastos com pessoal e 2,4 ME para técnicos, médicos e outros prestadores de serviços.

Além destes valores, o organismo prevê ainda 300 mil euros para o centenário da FPF, 151 mil euros para outros eventos e 110 mil euros para competições europeias de clubes, numa época em que o Estádio da Luz, em Lisboa, vai acolher a final da Liga dos Campeões.

O documento detalha ainda os valores executados até 30 de Junho de 2012, com gastos de 44,758 ME e rendimentos de 47,447 ME (saldo positivo de cerca de 2.69 ME), e o orçamentado entre 1 de Julho de 2012 e 30 de junho de 2013, com despesas de 33,135 ME e receitas de 33,134 ME (balanço negativo de 864,18 euros).

Na introdução ao plano de actividades para 2013-14, o presidente da FPF realça que o orçamento promove uma “inversão de uma lógica de investimento concentrado em selecções mais avançadas, para uma realidade de incremento de actividade em inúmeros escalões de formação e em todas as vertentes”.

“Apostar na formação de jovens talentos nacionais não pode ser um exclusivo dos clubes. A FPF necessita de estar presente nas fases finais das principais competições europeias e mundiais da formação e, para que isso aconteça, avança com ações concretas e actividades crescentes já na época que agora vai arrancar”, pode ler-se na mensagem assinada por Fernando Gomes.

O presidente federativo salienta que o documento marca “o arranque claro na implementação do plano estratégico de desenvolvimento do futsal e a aposta na criação de uma realidade no futebol de praia, importante num país como Portugal, que vai organizar o Campeonato do Mundo da modalidade em 2015”.

“Chega, desta forma, ao terreno, um orçamento realista, que usa aquilo de que dispõe, num ano em que, não se nega, a qualificação da selecção nacional para o Campeonato do Mundo do Brasil assume especial relevância para o equilíbrio que a seguir apresentamos”, frisou Fernando Gomes, admitindo que este é um “orçamento que vai carecer de um fortíssimo acompanhamento na sua execução”.

No capítulo dedicado às funções de negócio e suporte, a FPF reitera que “o topo da pirâmide ao nível dos objectivos que se pretendem alcançar a nível desportivo é ocupado pela selecção nacional A, sendo a participação no campeonato do Mundo do Brasil, em 2014, o grande desiderato a alcançar”, após as presenças em 2002, 2006 e 2010.

Além da qualificação para o Mundial 2014, a direcção da FPF considera “expectável” que a selecção de sub-20 atinja o Euro 2015 de sub-21, tendo como meta um dos quatro primeiros lugares na competição e consequente apuramento para os Jogos Olímpicos de 2016.

No futebol feminino, a FPF destaca a tentativa de obter uma qualificação inédita para o Mundial e refere que “época desportiva de 2013-14 será a da avaliação da realização deste evento no Estádio Nacional, tendo em conta que a promoção do futebol feminino pode fazer mais sentido noutros palcos igualmente relevantes”.

A reunião magna marcada para as 10h deste sábado, na sede da FPF, em Lisboa, vai servir para apreciar, discutir e aprovar o plano de actividades e orçamento para 2013-14, assim como aprovar a acta da AG de 27 de Outubro de 2012 e debater outros assuntos de interesse para o organismo.

 
 

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