Em Lisboa, "grafitti" não é "tag"

Vereador Sá Fernandes afirma que a autarquia distingue "arte urbana" de tags, meras assinaturas. "Grafitti" como os do "muro de Campolide" serão aprovados pela Câmara de Lisboa

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“Para graffiti como os do muro de Campolide daremos autorização. Quero que continuem lá”, disse Sá Fernandes

O vereador do Ambiente Urbano da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, assegurou nesta segunda-feira que os graffiti como os do ‘muro de Campolide’ vão ter autorização da autarquia, caso o Parlamento avance com a obrigatoriedade de licenciamento para a realização destas inscrições.

O Governo aprovou na semana passada uma proposta de lei para punir com coimas entre 100 e 25 mil euros os “grafitos, afixações, picotagem e outras formas de alteração, ainda que temporária”, do património em espaço público, fazendo com que dependam de licenciamento dos municípios.

Sobre esta hipótese, José Sá Fernandes recordou que a autarquia faz uma diferenciação entre graffiti, que considera arte urbana, e os chamados tags, simples assinaturas.

“Para graffiti como os do muro de Campolide daremos autorização. Quero que continuem lá”, disse o autarca.

Perto das Amoreiras, existe um muro conhecido pelos seus vários murais de contestação política, como as “Marionetas de Merkel” e “Lei do Mais Forte”, elaborados por artistas urbanos.

No caso dos tags e assinaturas, o vereador do Ambiente Urbano defendeu que aposta numa “limpeza diária” — como vai acontecer a partir de Agosto em vários bairros de Lisboa, num programa de limpeza de um milhão de euros — e em pedagogia.

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