Centrais sindicais criticam forma como se reduziu o défice

Tanto CGTP como UGT criticam que tenha sido à custa de aumentos de impostos que se baixou o défice.

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Rui Gaudêncio

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, lamentou nesta terça-feira que "mais uma vez" sejam os trabalhadores e reformados a pagar a "factura" da crise económica, pedindo mais esforços da parte dos "grandes grupos económicos".

"Mais uma vez são os trabalhadores, reformados e pensionistas a pagar a factura. A receita fiscal só sobe porque aumentou a pressão fiscal sobre quem trabalha", declarou Arménio Carlos aos jornalistas no final da reunião do Conselho Económico e Social (CES).

Por sua vez, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse que a central sindical "rejeita em absoluto" os dados da execução orçamental, conseguidos "à custa dos rendimentos do trabalho, das pensões e das reformas".

"Se é por via dos salários, devo dizer que é uma execução que rejeitamos em absoluto", considerou Carlos Silva, também no final da reunião do CES.

Os dirigentes sindicais comentavam os números da execução orçamental revelados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), que aponta que o défice das administrações públicas melhorou 865 milhões de euros em Maio, de acordo com a contabilidade da troika devido ao aumento dos impostos directos, IRS e IRC, em 21,8%.

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