Há um português entre os jovens arquitectos do ano para a Wallpaper

Paulo Henrique Durão está na lista dos vinte jovens arquitectos mais promissores de 2013 para a revista Wallpaper. O jovem português gosta de desenvolver projectos de habitação, “contentores de sonhos ou imaginários”

A Casa em Pedrógão é uma das favoritas de Paulo Henrique Durão Montse Zamorano
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A Casa em Pedrógão é uma das favoritas de Paulo Henrique Durão Montse Zamorano
Javier Callejas
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Aos 34 anos, Paulo é docente na Universidade Lusíada e na Universidade Politécnica de Madrid DR
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Aos 34 anos, Paulo é docente na Universidade Lusíada e na Universidade Politécnica de Madrid DR

Todos os anos, a revista Wallpaper distingue vinte profissionais da arquitectura — e em 2013 foi a vez de Paulo Henrique Durão, de 34 anos, integrar a lista dos jovens arquitectos mais promissores, lado a lado com colegas ingleses, brasileiros ou espanhóis.

“Um dos projectos mais recentes da empresa e actual favorito do arquitecto, a Casa em Moreira, no norte de Portugal, é uma composição geométrica de baixos volumes de cimento ortogonais, alternando com espaços de pátio que abrem a estrutura à natureza circundante e aos elementos”, escreve a Wallpaper na apresentação do trabalho do português e do gabinete que fundou, o Phyd Arquitectura.

A Casa em Moreira é o projecto favorito de Paulo por ter sido o último — daqui a uns meses pode ser outro. Mas como “o primeiro amor nunca se esquece”, reflecte, a Casa em Pedrógão, desenhada logo a seguir ao fim da faculdade, ocupa um lugar importante na carreira deste jovem arquitecto formado na Universidade Lusíada, onde também é docente.

A revista destaca, ainda, “uma série de novas residências” que estão actualmente em curso, “incluindo trabalho em Portugal e no México”. O Phyd Arquitectura tem desenvolvido vários projectos de habitação e Paulo Henrique Durão explica, ao P3, que tem sido um misto de coincidência com gosto. Pensar uma casa é, para o arquitecto, pensar “um contentor de sonhos ou de imaginários para o destinatário, para as pessoas que a vão utilizar”. “São sempre projectos em que, por um lado, temos trabalho enquanto arquitectos e, por outro, temos de saber interpretar os sonhos de quem os vai habitar”, explica.

“Eu quero tentar e fazer uma nova experiência a partir de cada projecto, transformando-o num novo campo de experimentação. Talvez envolvendo diferentes circunstâncias de cada vez, mas sempre da mesma forma, tentando reinventar uma pequena parte do mundo, em cada projecto", considera Paulo, citado pela Wallpaper.

Nova geração tem de “dar tempo ao tempo”

“Nós somos o país do mundo com mais prémios Pritzker por metro quadrado”, brinca Paulo. “Quando aparece uma nova geração de arquitectos com projectos fantásticos, vejo isso como o resultado destas nossas referências ou influências”, diz. A nova geração de arquitectos, considera, é “muito aberta àquilo que o mundo nos pode trazer”.

“Fico muito agradado por ver que existem imensos jovens que ganham prémios e distinções — seja com habitações ou outro tipo de projectos. Acho que temos esta característica de trabalharmos muito bem o lado estético da arquitectura”, continua.

Aos jovens, Paulo diria “para acreditarem no trabalho que fazem e para terem orgulho nisso: fazer melhor e dar tempo ao tempo”. “Construir é um processo lento e fazer arquitectura não é só projectar e lançar ideias, é conseguirmos traduzi-las em qualquer coisa.”

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