Octa Push estreiam-se com “Oito”

O álbum de estreia dos portugueses Octa Push reúne doze temas e é editado pelo selo inglês Senseless Records

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Os portugueses Octa Push, formado por dois irmãos de Lisboa, lançaram nesta segunda-feira o primeiro álbum, “Oito”, uma abordagem à música electrónica influenciada por uma cultura urbana global, mas também portuguesa e africana.

“Nós começámos por fazer música individualmente, cada um nas suas produções, mas fomos incentivados a formar uma dupla”, explicaram à agência Lusa os músicos Bruno e Leonardo. Para não serem só mais um grupo de música electrónica e de dança, os dois irmãos queriam definir bem o caminho musical — “porque ter só músicas de dança seria chato” — a partir de uma base electrónica, enriquecida com outros géneros, como o "indie rock", a música africana e o UK Garage, uma ramificação do drum n’bass.

Depois de pensarem num nome e juntarem temas que tinham feito em nome próprio, ambos criaram os Octa Push em 2008, ano em que editaram o primeiro EP. “Um de nós é mais virado para a bateria, para os ritmos, e o outro é mais para a electrónica e a junção correu”, contou Leonardo.

Até lançarem “Oito”, pela editora inglesa Senseless Records, com distribuição em Portugal, os Octa Push ainda editaram mais dois EP, viram alguns dos temas integrarem compilações estrangeiras e a serem elogiadas, por exemplo, por Thom Yorke, dos Radiohead. Tudo por via de uma globalização e democratização da forma de conectar com o mundo, pela Internet, e pela música digital, reconheceram. 

Álbum de estreia com convidados 

O álbum de estreia reúne doze temas, entre os quais “Glimpse”, “Afrosincope” e “Françoise Hardy”, com vários convidados: Catarina Moreno, Alex Klimovitsky, dos Youthless, e o guineense Braima Galissa, tocador de kora.

Apesar de tocarem com regularidade fora de Portugal, os dois irmãos recordam que são de Lisboa, onde encontraram ligações com África e conheceram pessoas que os levaram para outras linguagens na música. Da experiência recente fora de Portugal, os Octa Push destacam a temporada que passaram em Abril em Nairobi, juntamente com os Batida, no âmbito de um programa multicultural com grupos locais.

“Foi uma das experiências mais fixes. Estivemos fechados numa casa só a fazer música com instrumentistas locais, foi um intercâmbio musical bastante intenso”, recordaram, adiantando que do Quénia trouxeram bastante material gravado que poderá ser usado em futuras canções. Por ora, dedicam-se a mostrar ao vivo as músicas de “Oito”, com um concerto na sexta-feira no Musicbox, em Lisboa. Em Julho actuarão no festival Super Bock Super Rock, em Sesimbra.

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