Nuno Crato: "Há muitos professores que não querem aderir à greve"

Ministro da Educação diz que professores não devem ser pressionados.

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Nuno Crato Miguel Manso

Ainda havia quem estivesse com esperanças de que o ministro da Educação marcasse uma nova data para os exames de segunda-feira, a poucas horas do início da greve dos professores. Mas Nuno Crato não recuou. “Amanhã [segunda-feira] teremos exames, a máquina já está toda montada, os exames já estão a ser entregues ”, disse o ministro ao início da noite deste domingo, em entrevista à SIC.

Convicto de que “não vai haver problemas”, Nuno Crato sustentou que “há muitos professores que não querem” aderir à greve e defendeu que esses “não devem ser sujeitos a pressão”.

O governante reafirmou também que o ministério “tentou até ao fim” conseguir uma solução com os sindicatos – “estivemos toda a sexta-feira mais uma vez reunidos”, mas que o melhor que conseguiu foi uma “declaração dos sindicatos da UGT de que não gostariam que houvesse uma escalada de greves: "Isso é evidentemente bom, mas não chega”. “Os sindicatos não se quiseram comprometer, [garantindo] que não fariam mais greves em todo o período de exames, que se prolonga até ao dia 18 de Julho”, disse o ministro.

Questionado por que motivo o Ministério não aceitou a solução proposta pelo Tribunal Arbitral, que sugeriu o adiamento do exame para o dia 20, Nuno Crato respondeu que "era uma solução extremamente difícil, já há outros exames marcados para esse dia”. De resto, considerou, dos sindicatos em geral não houve abertura nenhuma e "a calendarização dos exames é muito apertada”.

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