João deixou emprego na Goldman Sachs para criar rede de “car sharing” em Portugal

João Félix deixou um “emprego de sonho” em Londres e criou o seu próprio negócio: um software que permite gerir a rede de “car sharing” nas cidades

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A ideia surgiu em 2009 mas foi em Julho de 2011, depois de amadurecida, que se tornou uma realidade. João Félix, 27 anos, decidiu abandonar o emprego na Goldman Sachs, em Londres, para fundar a Mobiag, uma empresa de prestação de serviços a operadores de “car sharing” — um sistema de partilha de viaturas.

Com a finalidade de “democratizar o acesso ao ‘car sharing’”, a ideia é fazer com os vários operadores trabalhem numa lógica de cooperação de forma a maximizar a taxa de ocupação dos carros e aumentar, simultaneamente, a oferta para o cliente final.

Confuso? A tecnologia que a empresa de João oferece permite ao utilizador final saber qual é o carro mais perto de si, independentemente do operador. Brevemente disponível, a aplicação que está a ser desenvolvida permitirá fazer uma pesquisa e aceder quer ao preço da deslocação, quer a um mapa com a localização do veículo alugado.

A chave do carro é... uma app

O "smartphone" é, na verdade, o instrumento principal neste tipo de acção: o carro que se reservou só pode ser desbloqueado através da referida app na qual se insere um código (não precisando, por isso, de chave para ser aberto ou fechado).

De notar ainda que, ao contrário do sistema das actuais empresas de “car sharing” a operar em Portugal, com a Mobiag não é necessário devolver o carro no local onde se alugou — daí a maximização de recursos.

“Em Lisboa circulam, todos os dias, cerca de 134 mil carros com um único ocupante”, observa João Félix, em entrevista ao P3. Neste caso, o serviço de “car sharing” poderá cumprir a função do veículo próprio, mas num preço mais em conta: sem custos de manutenção, combustível ou estacionamento.

Para além disso, há outra vantagem excepcional: "Todos os veículos estão munidos com um dístico da EMEL que lhes permite estacionar em qualquer zona da cidade", acrescenta.

Com um investimento na ordem dos 400 mil euros até ao momento, o jovem português espera agora exportar a sua ideia de negócio. Espanha e Brasil estão no topo da lista dos mercados-alvo. Para já, a única certeza é a de ainda não se arrepender de ter deixado Londres.

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