Bastou um pouco da classe de Ronaldo e a seriedade dos outros para Portugal vencer a Croácia

A selecção portuguesa derrotou a Croácia por 1-0.

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Ronaldo festeja o golo com os companheiros de equipa Denis Balibouse/Reuters

Foi com muitas alterações (sete em relação ao “onze” que defrontou e bateu a Rússia, sexta-feira, por 1-0), a classe de Cristiano Ronaldo e a seriedade competitiva de todos os que Paulo Bento fez entrar no encontro particular desta segunda-feira, contra a Croácia, em Genebra, que Portugal assegurou a vitória na última partida da temporada da selecção.

Ronaldo tinha apontado apenas um golo nos últimos oito jogos de Portugal, mas ontem voltou a festejar e a ser decisivo, num remate certeiro (36’), destacando-se como o terceiro melhor marcador da equipa — 39 golos, menos dois do que Eusébio e menos oito do que o líder Pauleta.

Com apenas Bruno Alves, Fábio Coentrão, João Moutinho e Cristiano Ronaldo como “sobreviventes” da partida frente à Rússia, Paulo Bento promoveu várias mexidas. Mas, apesar disso, Portugal não se mostrou demasiado desconexo e até controlou a partida durante grande parte do tempo.

O facto de se tratar de um jogo particular, no final de uma temporada longa para todos e sem qualquer objectivo em disputa a não ser a defesa da camisola, não fez com que a qualidade fosse afectada. O profissionalismo dos jogadores durou mesmo até ao fim.

O primeiro lance de perigo resultou de um mau atraso de Sílvio para o guarda-redes Eduardo, logo nos minutos iniciais, que provocou um calafrio na defesa portuguesa. Mas a resposta nacional surgiu pouco depois, quando Ronaldo foi demasiado rápido para o cruzamento de Fábio Coentrão, já na área croata, e falhou o desvio para a baliza.

Era um aviso do que surgiria pouco depois, na sequência de um remate rasteiro e após uma boa combinação do ataque português, que envolveu também Sílvio e Varela.

Portugal ganhou confiança com o golo e construiu mais alguns lances perigosos, com destaque para o cabeceamento de Cristiano Ronaldo à barra da baliza croata.

No arranque do segundo tempo, Paulo Bento promoveu mais algumas mudanças. Deu a primeira internacionalização a Sereno e colocou Vieirinha no lugar de Ronaldo (já perto do fim, André Martins também se estreou a jogar pela principal selecção nacional). E o extremo que actua no Wolfsburgo foi dos jogadores mais activos da equipa, desenhando vários lances perigosos, mas o resultado não se alteraria, fazendo com que Portugal somasse a terceira partida consecutiva a vencer após um período em que durante cinco encontros não soube o que isso era.

Com o triunfo de ontem, Portugal manteve ainda o registo 100% vitorioso no confronto com a congénere croata, depois dos triunfos obtidos na fase final do Europeu de 1996, realizado em Inglaterra, por 3-0, e no jogo particular realizado em Coimbra, em 2005, por 2-0.

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