Afinal, a Apple não é totalmente imune a vírus

Investigadores americanos dizem ser capazes de infectar o iPhone com vírus, através do carregador USB. O método vai ser apresentado em Julho, na conferência de "hackers" Black Hat

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Yves Herman/Reuters

São três os investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech) que descobriram um método de contornar a suposta imunidade a vírus que a Apple apregoa, em relação aos seus produtos, "apesar dos inúmeros mecanismos de defesa" que de facto o sistema tem.

Assim, Billy Lau, Yeongjin Jang and Chengyu Song programaram um carregador falso — a que chamaram Mactans — com códigos maliciosos e só precisaram de um minuto para infectarem um iPhone, com a última versão do sistema operativo da empresa instalada.

A 27 de Julho, na conferência Black Hat, que decorre em Las Vegas com "hackers" de todo o mundo, querem apresentar oficialmente o projecto, com resultados "alarmantes", segundo os próprios.

iPads e iPods também vulneráveis 

Na página do evento, deixam já algumas referências: "Primeiro, vamos examinar os mecanismos de segurança existentes da Apple, depois descrever como as capacidades do USB podem ser aproveitadas para contornar esses mecanismos de defesa. Para garantir a persistência da infecção, vamos ainda mostrar como o atacante pode esconder o seu software da mesma forma que a Apple esconde as suas próprias aplicações internas".

E avisam: "Enquanto o 'Mactans' foi construído com uma quantidade limitada de tempo e um pequeno orçamento, também vamos considerar o que seria possível com 'adversários' mais motivados e com um melhor financiamento". Ainda assim, pretendem deixar sugestões de segurança que a empresa "poderia implementar" — e até já a contactaram.

Este vírus também pode ser introduzido em iPads e iPods.

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