CGTP e UGT apresentam sexta-feira pré-aviso para greve geral

Centrais sindicais vão ao Ministério da Economia em horas diferentes.

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No próximo dia 27 CGTP e UGT unem-se em greve geral PÚBLICO

As duas centrais sindicais entregam sexta-feira no Ministério da Economia os pré-avisos para a greve geral do próximo dia 27, mas em horas diferentes. A delegação da CGTP, conduzida pelo secretário-geral Arménio Carlos, chegará à Rua da Horta Seca às 13h00 para entregar o pré-aviso. A UGT, liderada por Carlos Silva, chegará ao ministério da Economia às 15h30.

A CGTP anunciou, a 31 de Maio, uma greve geral em convergência com outras estruturas. “Esta é uma greve geral de todos e para todas e também para mudar de política, para mudar de Governo e para promover eleições antecipadas", declarou Arménio Carlos, acrescentando que, "se é verdade que o Presidente da República quer salvar o Governo, nós queremos, com esta luta, salvar o país".

A resolução aprovada pelo conselho nacional da CGTP pede aos trabalhadores que se unam contra a “exploração e o empobrecimento” e pede a demissão do Governo. ”É urgente pôr o Governo na rua e reclamar eleições antecipadas”, lê-se no documento que serve de suporte à greve.

Já esta semana, na segunda-feira, foi a vez de a UGT anunciar greve geral também para dia 27. “É uma decisão da UGT dos seus órgãos tendo em conta o momento do país, a intransigência negocial que o Governo tem revelado nos últimos tempos, quer no sector da administração pública, em particular na educação, quer no sector empresarial do Estado na área dos transportes”, justificou Carlos Silva, que rejeita pedir a demissão do Governo.

O líder da UGT considerou que é tempo de os portugueses levantarem a voz contra uma política de austeridade “fracassada” e contra o “desmantelamento do Estado Social”, da escola pública, do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social.

Esta será a quarta greve geral que junta UGT e CGTP. A primeira vez em que as duas centrais sindicais se juntaram numa greve geral foi a 28 de Março de 1988, em protesto contra o pacote laboral do então primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva. 

A 24 de Novembro de 2010, CGTP e UGT uniram esforços contra o terceiro pacote de ajustamento orçamental. A gota de água que levou as duas centrais a entender-se foi o corte de 3,5% a 10% nos salários dos trabalhadores do Estado.

Um ano depois, a 24 de Novembro de 2011, CGTP e UGT voltaram a convergir para a terceira greve geral. A principal reivindicação foi a retirada da proposta do Governo que visava aumentar a jornada de trabalho em meia hora e que acabou por cair.

  


 


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