Menezes inspira-se nos jardins do Tivoli de Copenhaga para recuperar Palácio de Cristal

Candidato ao Porto quer feira popular com carrosséis e uma praça de alimentação.

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Os jardins Tivoli em Copenhaga, na Dinamarca Reuters

Luís Filipe Menezes, o candidato social-democrata à Câmara do Porto, quer devolver o emblemático Palácio de Cristal à cidade, recuperando o Pavilhão Rosa Mota e redinamizando todo o espaço dos jardins do palácio onde pretende criar uma feira popular com carrosséis e uma praça de alimentação.

O projecto de requalificação do Palácio de Cristal, que foi esta quarta-feira apresentado em pleno jardim, junto à Biblioteca Municipal Almeida Garrett, inspira-se no “modelo jardins do Tivoli, em Copenhaga”.

“A concepção que vamos introduzir aqui aposta no lazer qualificado adaptado à modernidade. Vamos ter um espaço de equipamentos públicos de lazer para a população do Porto e uma praça de alimentação”, declarou Menezes na intervenção que fez antes do arquitecto Joaquim Massena, autor do projecto, explicar as linhas de intervenção naquele espaço público.

“Para aqueles que acham que não pode haver lazer, carrosséis em meio urbano, é ir à Net: 'jardins Tivoli Copenhaga' e ver esse país atrasadíssimo do mundo chamado Dinamarca e a essa cidade de Terceiro Mundo chamada Copenhaga que tem no centro da cidade essa concepção”, afirmou o ainda presidente da Câmara de Gaia, que promete transformar todo aquele espaço num local aprazível a um custo que fica muito aquém do “valor exorbitante” que a actual a maioria PSD/CDS-PP apresentou para o mesmo espaço. Segundo Menezes, o preço rondará os cinco milhões de euros e o prazo de execução da obra é de seis meses.

Depois de explicar a importância na redinamização do palácio, Menezes sustentou que “o repovoamento da cidade passa também pelo relançamento de projectos do espaço público”. Uma das razões por que a cidade deixou de ser tão atractiva como foi no passado foi porque – sublinhou – “muitos daqueles que eram símbolos aglutinadores de espaços públicos se foram desvirtuando ao longo dos anos”. “Este espaço foi durante décadas um espaço que mobilizou o lazer, os tempos livres das famílias da cidade. De um momento para o outro tornou-se num local que, embora não deixe de ser aprazível e central (...), não tem de forma nenhuma atractividade” e “é isso que lhe pretendemos dar”, justificou.

Depois deixou uma garantia: “Não vamos inventar rigorosamente nada. Vamos com padrões de actualidade adaptar aquilo que era a realidade identitária deste equipamento ao mundo do século XXI”, prometeu o candidato, que quer dar àquele espaço um conjunto de “valências que têm a ver com a sua história e com o seu passado, a que se acrescenta eventualmente uma forma de potenciar a sua atractividade a mais um dos projectos colaterais que aqui existem”.

Menezes sublinhou ainda que a ideia que tem para toda a zona do Palácio de Cristal, construído em 1861, é reabilitá-la, numa “perspectiva de ser um jardim romântico, actual, com alguma modernização, com algumas espécies que possam vir a ser plantadas, eventualmente alguns equipamentos com algum conforto de utilização pública”. “Não vamos mexer de uma forma muito substantiva neste espaço. Mas vamos criar junto à Rua da Restauração um novo espaço de jardim, alargar o que existe, aproveitar aquela escarpa e encosta que estão abandonadas e prolongar o jardim até à periferia da Rua da Restauração”.

O projecto contempla novos acessos, uma interligação com uma série de equipamentos que existem à volta do Palácio de Cristal, nomeadamente do Solar do Vinho do Porto, e transformar o Pavilhão Rosa Mota no Centro de Congressos/Pavilhão Multiusos da cidade.
 

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