Pais pedem aos professores para que não façam greve

Associações compreendem luta dos docentes mas pedem que ponham os interesses dos alunos em primeiro lugar.

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As avaliações finais e a realização dos exames podem estar em causa com a greve dos professores Enric Vives-Rubio

Depois da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) ter já apelado ao Presidente da República para que assegure o direito dos professores à greve, mas também o direito à educação; a Federação Regional das Associações de Pais de Lisboa (Ferlap) vem, esta terça-feira, defender que os alunos não devem pagar pelas "más políticas deste e de outros Governos", pedindo aos professores que reconsiderem a realização da greve.

"Sabemos das grandes dificuldades porque passam os professores, tanto a nível de carreira, como a nível de desempenho das suas funções, sabemos que sem professores motivados não há educação de qualidade, sabemos da degradação da qualidade de vida nas nossas escolas, sabemos que não há uma política que realmente tenha como objectivo a melhoria da educação, sabemos que cada vez que se muda o secretário de Estado se muda a política, sabemos que o que está em causa com todas estas medidas é a redução de custos, a todo o custo, sabemos que a preocupação do Ministério da Educação e Ciência, não é a melhoria da sscola, enfim sabemos estas coisas e muito mais e sabemos ainda que o direito à greve é inalienável", dizem os pais da Ferlap em comunicado.

Apesar de tudo isso, a Ferlap pede aos docentes que reconsiderem a decisão de fazer greve. "Não porque estamos contra o exercício de um direito, mas porque não nos parece, a nós pais, que quem deva pagar pelas más políticas, deste e de outros Governos, sejam os nossos filhos", justifica. A federação apela ainda aos professores que "para além das suas lutas, coloquem em primeiro lugar a razão da sua existência, os alunos".

No final da semana, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) apelouao Presidente da República para assegurar o direito dos professores à greve, mas também o direito à educação, que a Constituição consagra.

A Confap não questiona o direito às anunciadas greves de professores, mas refere que também o direito à educação está consagrado na Constituição da República, pelo que as entidades competentes devem empenhar-se na sua efectiva concretização.

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