UNICEF: não são os "likes" que salvam vidas, mas as doações sim

"Os 'likes' não servem para comprar medicamentos, água ou comida", diz a Unicef sueca, que lançou uma campanha ousada para salvar vidas

"Likes don't save lives". O slogan foi lançado há cerca de um mês pela UNICEF sueca tendo em vista o aumento de doações para a compra de vacinas contra a poliomielite em crianças carentes.

"Chamo-me Rahim. Tenho dez anos. Vivo aqui com o meu irmão mais novo. Às vezes pergunto-me se ficarei doente como a minha mãe ficou. Se isso acontecer, quem tomará conta do meu irmão? Mas acredito que tudo correrá bem". Este é um dos três vídeos lançados — e provavelmente aquele que mais impressionou nas redes sociais (quase com 250 mil visualizações). Os restantes dois vídeos apresentam abordagens menos agressivas do mesmo tema.

A comparação entre o número de likes do Facebook (actualmente com mais de 185 mil seguidores) e um valor monetário está sempre presente. Num deles, uma pessoa tenta pagar a sua parte da conta num restaurante com likes. No outro, um consumidor procura pagar uma camisola com a mesma moeda, likes do Facebook.

A campanha, criada pela Agência Forsman & Bodenfors, procura contrariar a grande maioria de campanhas humanitárias espalhadas pelas redes e que, na sua grande maioria, parecem contentar-se com um simples "like".

"Apoiar uma causa é mais fácil do que nunca", lê-se no site da Unicef sueca. "Basta clicar no botão 'like'. A UNICEF ganha mais um amigo e publicidade entre os teus amigos. Mas, apesar de esse gesto ser importante, os likes não servem para comprar medicamentos, água ou comida".

Um último alerta: "Gostem de nós no Facebook e vacinaremos zero crianças contra a poliomielite".

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