Incêndios de 2012 terão destruído 19 milhões de árvores

Começa hoje a fase Bravo, a segunda mais crítica, de combate aos fogos florestais.

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Segundo dados do ICNF, entre Janeiro e Outubro do ano passado registaram-se cerca de 20.969 incêndios florestais. André Amaral

Os incêndios florestais de 2012 destruíram 19 milhões de árvores, sobretudo pinheiro bravo, eucalipto e sobreiro, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

A estimativa é feita pelo ICNF a partir da área ardida em 2012, que foi de 48.067 hectares. "Podemos estimar que terão sido afetados cerca de 19 milhões de árvores, entre exemplares adultos e jovens", sustenta o ICNF, numa nota citada pela agência Lusa.

Nesta quarta-feira inicia-se a fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, prolongando-se até 30 de Junho. Vão estar no terreno 6338 bombeiros e outros operacionais, 1472 veículos e 30 meios aéreos. Haverá ainda 70 postos de vigia, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndio Florestais 2013 (DECIF).

Em 2012, "as espécies florestais mais atingidas pelos incêndios foram o pinheiro-bravo, seguindo-se o eucalipto e o sobreiro", aponta o ICNF.

O instituto refere que, na maioria das situações, principalmente nos povoamentos de pinheiro-bravo, "a regeneração natural constitui a melhor opção".

Os técnicos avaliam a resposta dada pelos povoamentos afectados, através da regeneração natural ou da recuperação das próprias árvores, e só depois é ponderada a rearborização.

Na resolução dos impactes dos incêndios nas florestas, que pode ter apoio do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), a prioridade vai para a estabilização de vertentes, recuperação de linhas de água e de caminhos.

A prevenção de incêndios, que se realiza durante o Inverno e Primavera, integrou a actuação, por parte do ICNF, de 278 equipas de sapadores florestais, com um efectivo de 1390 elementos, e 52 equipas do instituto, com 198 elementos, segundo dados desta entidade.

Ao nível municipal podem existir "pontualmente" equipas de outras instituições, nomeadamente das câmaras municipais, que também desenvolvem acções de âmbito preventivo, "mas muitas delas com carácter temporário e que apenas são contabilizadas nos dispositivos distritais".

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