Passos Coelho nega em Madrid divergências no Governo

Passos garante que ele e Portas estão empenhados na reforma do Estado.

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Passos garantiu que os esforços desenvolvidos para proteger as reformas dos pensionistas chegaram a bom termo AFP

O primeiro-ministro negou, ao princípio desta tarde, a existência de divergências no seio do seu Governo sobre a implementação de uma taxa aos rendimentos dos pensionistas.

“Não há nenhuma divergência, quer eu quer o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros estamos empenhados nas reformas do Estado”, disse Pedro Passos Coelho, em Madrid, na conferência de imprensa com que encerrou a 26.ª Cimeira luso-espanhola.

“Ambos dissemos que faríamos as reformas procurando minimizar o impacto sobre os pensionistas”, acentuou. Passos Coelho retirou dramatismo à convocatória do Conselho de Ministros extraordinário de ontem. “É público que o Conselho de Ministros só podia ter sido ontem, pois hoje tínhamos a cimeira, para tratar as conclusões do sétimo exame regular da troika que terminou no fim da manhã de sábado”, disse o primeiro-ministro.

Passos garantiu que os esforços desenvolvidos para proteger as reformas dos pensionistas chegaram a bom termo e remeteu para uma declaração, esta tarde, em Bruxelas, do ministro das Finanças, com a divulgação dos resultados. Vítor Gaspar está na capital belga para participar numa reunião do Eurogrupo, da qual sai a luz verde para a concessão de uma nova tranche de dois mil milhões de euros a Portugal.

Em Madrid, o primeiro-ministro português e o seu homólogo espanhol, Mariano Rajoy, abordaram a união bancária e as medidas contra o desemprego juvenil, questão que afecta os dois países, que, depois da Grécia, estão nos segundo e terceiro lugares do indesejável ranking comunitário de jovens sem emprego. Cada um manifestou solidariedade com o percurso de austeridade do outro e se congratulou com o diálogo regular entre as duas capitais da Península Ibérica.

“Estamos ligados pela geografia, pela História e por uma plataforma de interesses comuns”, destacou Passos Coelho. “Esta cimeira confirma o compromisso do carácter anual destes encontros, depois de três anos de interrupção”, salientou Rajoy.
 
 

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