Bambora, a beleza faz-se à mão

A Bambora é mais do que um projecto de artesanato urbano. É uma marca que acredita que até os pequenos momentos do dia-a-dia podem ser especiais

Joana Maltez
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A Bambora nasceu entre o Porto e Genebra, entre o pragmatismo e a arte, o direito e a arquitectura. É um projecto de artesanato urbano onde tudo parecia paradoxal, até se acrescentar o amor pela beleza. 

 

Criado pela Xana, uma jurista especialista em Direitos Humanos, e pela Anita, arquitecta, designer de interiores, e organizadora de eventos ocasional, o projecto tem como objectivo tornar a banalidade urbana mais especial. “Nós gostamos de fazer peças que valorizem os pequenos momentos do dia a dia, porque gostamos de os tornar um bocadinho mais bonitos e até mais funcionais”, confidencia Anita ao P3.

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O resultado é uma linha vasta de produtos, dedicados a diferentes ocasiões. Em comum têm o facto de serem feitos totalemnte à mão, em tecidos multicoloridos. Existem linhas para a cozinha, para o bebé, para mulher, até para piquenique. E se mesmo assim alguém não está satisfeito há ainda a possibilidade de encomendar produtos novos, exclusivos e personalizados. 

 

“Muitos dos produtos surgem das nossas necessidades, ideias, inspirações, outros são absolutamente personalizados e têm a ver com os pedidos específicos de cada pessoa. E outras linhas que estão em estudo vêm também das sugestões de clientes, familiares, e amigos”, explica a Xana. 

 

As criadoras da empresa conheceram-se em 2010, e perceberam que apesar dos percursos profissionais diferentes, o gosto pela arte de criar pedia que criassem um projecto em comum. E acreditam que as experiências profissionais distintas até ajudam a dinâmica de trabalho. A Xana “ajuda a ter os pés mais assentes na terra”, e a Anita, que vive “num mundo privilegiado onde se fazem coisas bonitas”, acrescenta doses extra de criatividade. 

 

Quando começaram, Xana estava em Genebra a trabalhar, e foi com o seu regresso que o processo se acelerou: “o nosso ritmo de trabalho retirou imensas vantagens disso, à distância era mais complicado”, admite. 

 

E desde o início que o esforço tem sido conjunto com aqueles que as rodeiam. Anita afirma mesmo que “era impossível”a Bambora existir sem “sem a ajuda de amigos e familiares que acreditam no projecto”. Ajuda essa que passou pelo desenvolvimento do site, fotografia do catálogo, comunicação, tudo o que foi sendo necessário. 

 

De momento a Bambora é uma paixão. Não é um emprego, porque ambas mantêm as suas profissões, mas também é algo mais do que um hobby. Xana defende que deixar o emprego não faz sentido, até porque as diferentes experiências profissionais “fazem parte o que a Bambora é”. 

 

Mas num futuro “longínquo” admite que se torne uma ocupação a tempo inteiro, possivelmente associado à organização de eventos. Tudo sem grandes certezas ou planos, porque, afinal a Bambora começa no seu “imaginário”. 

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