Portugal sobe cinco lugares no índice de Liberdade de Imprensa

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a organização Repórteres Sem Fronteiras revela uma lista de 179 países liderada pela Finlândia e fechada pela Eritreia.

Cartaz da RSF colocado numa estação de metro de Paris esta sexta-feira
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Cartaz da RSF colocado numa estação de metro de Paris esta sexta-feira Benoit Tessier/Reuters
"Sem liberdade de informação, não há contra-poder", lê-se nos cartazes da RSF
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"Sem liberdade de informação, não há contra-poder", lê-se nos cartazes da RSF Benoit Tessier/Reuters
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Portugal subiu cinco lugares na lista dos países com maior liberdade de imprensa, realizada pela Repórteres Sem Fronteiras, passando para a 28.ª posição em 2013, anunciou nesta sexta-feira a organização internacional quando se assinala o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

O ranking mostra uma subida de Portugal relativamente ao 33.º lugar ocupado no ano passado e ao 40.º posto em que estava no ano 2010. Ainda assim, a liberdade de imprensa em Portugal fica abaixo do que era verificado em 2008, quando ocupava a 16.ª posição.

Este ano, Portugal ficou à frente de países como o Reino Unido, os Estados Unidos ou a Espanha, embora atrás de Chipre, Namíbia ou Jamaica. No ranking de 2013, que analisa 179 países, os primeiros lugares são ocupados pela Finlândia, seguida da Holanda, Noruega e Luxemburgo.

Embora a organização avalie vários critérios, com base em inquéritos feitos anualmente a jornalistas e responsáveis da comunicação social - desde a legislação existente até à violência registada contra jornalistas -, o regime político de cada país acompanha quase a par e passo a liberdade de imprensa.

Nos últimos lugares, tidos como os países onde a liberdade de imprensa sofre mais limitações, encontram-se a Eritreia, a Coreia do Norte e o Turquemenistão.

“O Índice de Liberdade de Imprensa publicado pela Repórteres Sem Fronteiras não tem em conta o tipo de sistema político, mas torna-se claro que as democracias permitem melhor proteção da liberdade para produzir e divulgar notícias factuais do que nos países onde os direitos humanos não são respeitados”, afirma o secretário-geral da organização, Christophe Deloire, no comunicado apresentado.

De acordo com a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a lista deste ano mostra uma “configuração mais habitual” depois de algumas mudanças sentidas durante as chamadas Primaveras Árabes, quando se registaram protestos e manifestações em defesa de mudanças políticas e económicas em países como a Tunísia ou o Egito.

De acordo com os dados recolhidos pela RSF, no ano passado foram mortos 19 jornalistas e presos 174. Um número de mortes que representa uma descida significativa em relação aos 90 registados em 2011 e aos 67 em 2010.

“O dia 3 de Maio celebra as liberdades duramente ganhas pela imprensa e reconhece quão fragéis ainda são essas vitórias”, afirmou a Associação Mundial de Jornais e Novas Publicações, num comunicado para assinalar a data. “Porque é que a liberdade de imprensa ainda é um tema de debate?”, questiona a associação, adiantando que “a imprensa significa poder e onde há poder há quem o queira controlar e influenciar”.

Também o Sindicato de Jornalistas português assinala este dia, reafirmando o seu “compromisso de continuar a lutar em defesa da liberdade de expressão e do exercício do jornalismo livre de quaisquer constrangimentos”. Em comunicado, o SJ lembra que nos “últimos três anos, pelo menos 500 jornalistas foram despedidos e muitos outros temem igual destino em várias redações, em consequência de processos de ‘reestruturação’ que sacrificam postos de trabalho”.

 

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