Redução estrutural da despesa anunciada por Passos Coelho na sexta-feira às 20h

Governo não confirma aumento da idade da reforma.

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O Conselho de Ministros reuniu-se durante mais de 10 horas, mas pouco de concreto saiu para fora DANIEL ROCHA

O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, não confirmou nem desmentiu o aumento da idade da reforma em Portugal e apenas adiantou que as medidas com vista à redução estrutural da despesa serão anunciadas ainda esta semana pelo primeiro-ministro. O PÚBLICO sabe que Passos Coelho falará ao país na sexta-feira, às 20h.

“Haverá uma apresentação ainda esta semana que será feita pelo primeiro-ministro”, anunciou o ministro no final da reunião do Conselho de Ministros. Fonte do gabinete do primeiro-ministro confirmou ao PÚBLICO que Passos falará na sexta-feira, às 20h. Esta comunicação será feita apenas nessa data por razões de agenda.

No briefing após o Conselho de Ministros, Marques Guedes escusou-se a comentar as medidas que têm vindo a ser avançadas pela imprensa, nomeadamente o aumento da idade da reforma, que, segundo o Diário Económico, passará a depender obrigatoriamente do factor de sustentabilidade. “Não confirmo nenhuma medida individualmente. O Governo apresentará as suas propostas todas em conjunto, não confirmo nenhuma proposta avulso”, limitou-se a responder perante as perguntas insistentes dos jornalistas.

O ministro não disse claramente se já há consenso sobre o pacote de redução estrutural da despesa dentro do Governo, respondendo apenas que o Conselho de Ministros não iria prolongar-se para lá da conferência de imprensa.

Marques Guedes voltou a insistir na disponibilidade do Governo para negociar com os parceiros sociais e com os partidos políticos. “Da parte do Governo há toda essa disponibilidade”, sublinhou, acrescentando que há abertura para eventualmente substituir as medidas por outras “com a mesma dimensão e impacto em termos de redução da despesa”.

Já as medidas para responder ao acórdão do TC, e que deverão avançar já em 2013, “estão acertadas dentro do Governo” e serão “concretizadas no Orçamento rectificativo que será apresentado durante o mês de Maio na Assembleia da República”.

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