Obama promete redobrar esforços para encerrar Guantánamo

Presidente norte-americano ainda não desistiu da sua promessa de fechar o campo de detenção militar e pediu aos seus conselheiros para "rever todas as opções" para pressionar o Congresso.

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Presidente norte-americano vai pedir aos seus conselheiros para "rever todas as opções" AFP

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu “redobrar” os seus esforços para convencer o Congresso a aceitar o encerramento do campo de detenção militar de Guantánamo, onde mais de uma centena de prisioneiros se encontra em greve da fome.

Questionado na tarde desta terça-feira sobre o reforço do pessoal médico em Guantánamo, e das ordens para a alimentação à força de 21 dos detidos em greve de fome, Barack Obama respondeu que não quer que “nenhum desses indivíduos morra”.

A greve da fome foi iniciada em Fevereiro para protestar contra a detenção indefinida e sem acusação formal.

O Presidente descreveu o campo militar, onde os Estados Unidos mantêm 166 prisioneiros da chamada guerra global contra o terrorismo, como “insustentável” e “contrário aos valores e aos interesses” da América. “Guantánamo não é necessário para manter o país seguro”, argumentou Obama, lembrando que as condenações recentes de indivíduos acusados de terrorismo em vários tribunais civis demonstra que é possível transferir os processos destes prisioneiros sem prejuízo para a segurança nacional.

Além disso, elencou, o campo de detenção militar “é ineficiente, é prejudicial para a imagem internacional dos Estados Unidos, diminui a cooperação dos nossos aliados em termos de combate ao terrorismo e é utilizado como argumento para o recrutamento pelos grupos extremistas. Precisa de ser encerrado”, concluiu.

Na campanha eleitoral de 2008, Barack Obama prometeu fechar Guantánamo até ao fim do primeiro ano do seu mandato na Casa Branca. O Presidente ensaiou, mas viu os seus esforços travados pelo Congresso, que rejeitou o plano de transferir a população do campo militar para prisões de alta segurança dos Estados Unidos.

O Presidente informou que pediu aos seus conselheiros para “rever todas as opções” à disposição da Casa Branca para pressionar os legisladores do Congresso. “Vou voltar à carga”, garantiu.

O campo de detenção militar de Guantánamo foi aberto pelo Presidente George W. Bush após os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, para manter sob detenção os estrangeiros suspeitos de terrorismo e classificados como “combatentes inimigos” pelos Estados Unidos.

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